Resumo da Copa - nº1
Tudo bem, é primeira rodada, estreia, os times estão se entrosando e tudo mais. Mas a tendência dos jogos têm sido essa: os dois times entram em campo equilibrados até que alguma seleção "ache" o gol. Não há uma construção mais "ativa" de jogadas. Vejam: até agora, a maioria dos gols dessa copa nasceram de falhas bizonhas de defensores e goleiros. Claro que isso faz parte do jogo e o que importa no final das contas é o resultado. Mas será que não está na hora de arejar um pouco essa ideia de futebol estritamente defensivo? Parece até que o sucesso da Inter de Milão na Champions League fez muito mal à "jurisprudência" tática do futebol. Até porque todos os times que jogaram à "imagem e semelhança" do ex-time do Mourinho obtiveram êxito no placar, mas foram jogos chatos de se assistir e tecnicamente fraquíssimos, com poucos chutes a gol.
Além disso, pra piorar as coisas, a bola da copa - a tal Jabulani - parece mesmo não aceitar os chutes de fora da área, já que todas as tentativas saem por cima, muito longe do gol. Os erros de lançamento têm sido mais frequentes do que o normal também. Parece ser claro que há mesmo alguma interferência pelas características da bola no jogo em si. Consequentemente, os espectadores que esperavam ver um jogo que fosse pelo menos bem disputado, com algumas emoções e alguns arremates a gol têm visto jogos fraquíssimos. A maioria dos times joga correndo poucos riscos, somente postado na defesa e na base do chutão pra frente. Do outro lado fica muito difícil penetrar em uma defesa composta por até nove homens num espaço de 30 metros do campo.
Enfim, até aqui uma Copa sem gols bonitos, sem grandes dribles e chutes de fora da área, sem real encantamento, uma copa sem-graça (futebolisticamente falando).
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Sobre a Jabulani acabei posteriormente me deparando com a brilhante coluna do Gustavo Poli do GE.com (com um título não menos fantástico):
A insustentável leveza da bola
Vale a pena dar uma lida!
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