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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Não há como não falar...


Assim como já foi comentado aqui no blog sobre a Dave Matthews Band e sobre o Incubus, hoje me convenci de que não posso deixar de comentar algo sobre a contagem regressiva que está rolando para o lançamento do novo álbum de outra das minhas "bandas favoritas": o Dream Theater. Por que?

Bom, trata-se de uma banda que acompanho há bastante tempo e que faz um som (pesado, progressivo e melódico) com o qual me identifico bastante. Na verdade, essa identificação é mais propriamente com o grande músico, artista e instrumentista Mike Portnoy, baterista e compositor do Dream Theater. Incrível eu nunca ter falado nada sobre a banda aqui no blog. Talvez a razão para isso seja porque o meu "subconsciente" ache que tudo o que eu tenha para falar não caiba em um ou dois posts. Fica naquela: "Vai ficar grande, vai acabar que ninguém vai ler." Então, no momento oportuno comentarei algo sobre a minha história e o meu envolvimento com essa banda, porque agora a minha intenção é mesmo ser mais direto que isso.

Está saindo do forno - com lançamento mundial previsto para 23 de junho - o próximo álbum do DT o "Black Clouds & Silver Linings" o décimo dessa banda, que tem mais de 20 anos de estrada. Desses vinte anos, acompanhei os últimos dez bem de perto, na medida do possível. Alguém poderia dizer que parece algo trivial acompanhar a carreira de uma banda que conheceu na adolescência. Com relação ao Dream Theater existe uma diferença brutal. Se analisarmos tudo o que esses músicos produziram nesses últimos dez anos não há como não ficar boquiaberto. Além das músicas do próprio DT, eles produziram um sem-número de excelentes "covers" e outros discos em colaboração com outros artistas, além de tributos a diversas bandas como Rush, Led Zeppelin, The Beatles e The Who, sempre com uma qualidade acima do padrão. Para citar alguns exemplos: Master of Puppets do Metallica, The Number of the Beast do Iron Maiden, Made in Japan do Deep Purple, e Dark Side of the Moon do Pink Floyd foram alguns dos álbuns que o Dream Theater tocou, na íntegra, ao vivo e hoje disponibiliza os bootlegs (as gravações) desses shows para a venda no site do selo YTSE JAM. Só clássicos, não é verdade? Fica aí a dica número um: vale a pena dar uma conferida tanto nessas versões bootleg do DT - a qualidade do som é ótima - e também relembrar a preciosidade desses álbuns na versão original.

Pois é. Mas o disco novo, que está vindo aí no mês que vem, tem muito a ver com essa relação do DT e seus covers. Na semana passada, o site oficial começou uma promoção e está lançando um single por semana até o dia do lançamento do disco. E esse single é justamente o cover de uma música escolhida pela banda, mas dessa vez gravada e produzida em estúdio. O resultado tem sido belíssimo. Semana passada saiu "Stargazer" um cover da banda Rainbow do Ronnie James Dio, que já foi vocalista do Black Sabbath. Nunca fui fã de Rainbow - na verdade nunca parei para escutar - mas independentemente disso, essa música particularmente é muito boa, um hard-rock clássico, com pegada e que tem todos os elementos que boa uma música de metal melódico precisa: riff pesado, boa melodia, bons solos de guitarra e bastante bumbo duplo na batera.

Mas, chegando agora ao ponto crucial, o Dream Theater, no cover dessa semana, atingiu a minha veia com muita força. A música escolhida foi "Tenement Funster / Flick of the Wrist / Lily of the Valley" um medley do Queen, tirada de um dos meus álbuns favoritos da banda britânica, o "Sheer Heart Attack" de 1974. Esse álbum do Queen é o mesmo que contem uma música que ficou famosa nos vocais do James Hetfield do Metallica - lançada no álbum "Garage Inc" - a pesada "Stone Cold Crazy". Quem entende de som sabe que as músicas do Queen em geral contêm particularidades que quase impossibilitam a sua execução ao vivo. Desses atributos os principais são, obviamente, os vocais. E ao contrário do que se pode pensar, não é nem tanto pelo Freedie Mercury, mas mais pelas altíssimas notas que o baterista Roger Taylor consegue atingir com sua voz, principalmente nesse disco de 74. Claro que não podemos desconsiderar todos os arranjos e sobreposições vocais e instrumentais que caracterizam o complexo som do Queen além de toda a competência de Freddie. Mas talvez o Dream Theater seja uma das pouquíssimas bandas no mundo que tenha a capacidade técnica e o necessário desprendimento em relação ao mercado de forma a tornar possível que essa superprodução do Queen seja reproduzida nos dias de hoje, com um nível de qualidade aceitável. E acreditem, o resultado ficou mesmo espetacular. Manteve a tônica do Queen, mas com a cara e peso do Dream Theater.

De qualquer maneira, considero muito saudável a iniciativa de qualquer banda na tentativa de se fazer uma releitura dos clássicos do passado. Essa, sem sombra de dúvidas, é uma que vale a pena ser conferida com muito carinho.

Fica aí mais uma breve sugestão.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

uau, vc gosta msm!

sex. mai. 29, 05:05:00 PM

 

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