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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De cabeceira - II - Humano, demasiado humano


Um livro para "espíritos livres". O subtítulo não poderia ser mais adequado. Nessa obra, Nietzsche expõe a sua visão sobre a moral, sobre a religião, sobre a música e os músicos, além de falar sobre o estado da arte de uma forma geral, sobre religião e os laços familiares, sua visão sarcástica sobre o sexo feminino e as crianças, sobre a amizade e finaliza tratando da solidão. No final, a "cereja do bolo": um epílogo. Uma linda poesia cujo título é "Entre amigos".

Aqui mesmo no blog, há algum tempo, cheguei a postar alguns de seus aforismos. Dos poucos livros do Nietzsche que tive contato esse foi aquele com o qual mais tive identificação. Nunca pretendi ser especialista em filosofia alemã ou nietzscheana, mas não há como não ficar chocado quando se consegue pela primeira vez compreender e internalizar a essência do raciocínio do filósofo alemão, sobretudo o que está contido nesse livro.

Na verdade, fazendo um rápido "flash-back", a minha porta de entrada para Nietzsche foi com aquele livro "Quando Nietzsche Chorou" de Irvin Yalom. Outro belo livro por sinal, merece tranquilamente um post exclusivo. Daí passei por "Assim falava Zaratustra" e só então conheci o "Humano, demasiado humano". E desde então, e olha que isso já faz alguns anos, esse livro não sai da minha cabeceira.

Esse é um livro especial e diferente. A peculiar acidez do texto do filósofo alemão pode até se transformar em um perigoso instrumento para "maquiar" consideravelmente o senso crítico de uma pessoa. Por isso é preciso ter bastante cautela na leitura, afinal são épocas diferentes em sociedades absurdamente discrepantes, no nível social, cultural e até intelectual. Para entender o que pretendo dizer com isso basta procurar no texto qual a verdadeira visão desse autor sobre a "ironia" ou sobre os "elogios", por exemplo.

Enfim, restam-me poucas dúvidas de que após concluir a leitura desse livro você será uma pessoa diferente. Demasiadamente humana? Só depois de percorrer com paciência os 638 aforismos dessa obra será possível responder a essa questão.


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De lambuja, uma breve coletânea de posts mais antigos do blog, com trechos de alguns aforismos que compõem essa bela obra de Nietzsche:















2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

eu gosto desse livro, comprei li algumas coisas, nao terminei,mas gosto do pouco que li, tenho algumas frases dele na minha parede!!
Nietzsche é doidao!!

qui. ago. 13, 01:45:00 PM

 
Blogger waltim^^ said...

Meu irmão me deu de presente este livro.
Leio alguns trechos eventualmente, parece que sempre que leio é um momento ímpar da minha vida que o autor faz alusão, talvez seja assim para com todos tbm
achei seu blog por acaso gabs, :D
abraço

Eu não me tolero bem, disse alguém, para explicar sua inclinação pela sociedade. ”O estômago da sociedade é mais forte que o meu, ele me aguenta"

seg. ago. 17, 02:22:00 PM

 

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