coisa nº 8 (navegação)
é isso! procuramos sentido em tudo. não aceitamos algo que não compreendemos. é a famigerada reação "humana". instinto, sabe? a gente sempre quer entender o que está se passando, não é assim? mas porque não nos colocamos um degrau abaixo para tentar captar de verdade? ou para pelo menos absorver aquilo que não conseguimos encaixar nos nossos pensamentos? pra quê essa sêde insasciável, de attitude, de produssão [sic] invariável e constante de conceitos e conclusões? "siga por esse caminho e serás feliz!". para o escambau com essa ladainha. porque não nos deixam abrir nossas próprias trilhas? precisamos mesmo concluir e definir tudo o tempo todo? porque não perguntamos mais? porque precisamos afirmar, muito mais do que questionar? porque queremos definir algo mesmo que isso não tenha forma e conteúdo? porque não inundamos e encharcamos o nosso ser no outro para compreendê-lo e assim viver de forma plena? pra que identidade? senão for assim, como então se adquirirá qualquer sabedoria? porque não valorizamos a serenidade, à valentia ou mesmo à coragem e à força? perseguimos com tanta veemência algo que está tão além (ou aquém) do que precisamos e estamos tão condicionados a isso, que nunca ninguém nos compreenderá, quando na verdade nós pretendíamos tão-somente a liberdade de trilhar o caminho inverso. ou, quiçá, caminho algum.
" Timoneiro nunca fui / Que eu não sou de velejar / O leme da minha vida / Deus é quem faz governar / E quando alguém me pergunta / Como se faz pra nadar / Explico que eu não navego / Quem me navega é o mar "
deste que vos escreve
com estas linhas tortas,
aos maestros
(ou seriam arquitetos?):
Paulinho da Viola,
Baden Powell
e Moacir Santos.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home