segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
Eis amigo...
" [...] Estivemos uma vez na vida tão próximos um do outro na vida que nada mais parecia entravar a nossa amizade e fraternidade, e havia entre nós somente uma estreita passarela a transpor. Exatamente no momento em que tu ias pisá-la, perguntei-te: "Queres passá-la para vir até mim?". Mas nessa altura não quiseste; e, quando voltei a fazer o meu pedido, calaste-te. Desde então lançaram-se entre nós montes e torrentes, tudo o que separa e torna estranho um ao outro, de tal maneira que não poderíamos voltar a nos juntar mesmo que o quiséssemos! [...] "
F. Nietzsche - "A Gaia Ciência"
Mais Sensacional Ainda...
The new short film by Blu: an ambiguous animation painted on public walls.
Made in Buenos Aires and in Baden (fantoche)
www.blublu.org
sábado, 29 de agosto de 2009
Sensacional!!!!
O PRATO
O frango total-flex brinca na magia do frango, do galeto, da rolinha, do pombo, da codorna, do garnizé, qualquer parte, valendo mais peito e sobre-coxa, mas valendo até pescoço se só tiver sobrado pescoço. Ou outro bicho, outra carne.
Porque comida boa é a comida que tem. E você sabe e ninguém precisa ficar te falando isso, porque é assim. E frango quando tem é festa. E nessa festa é que vem a flexibilidade maravilhosa do molho Total Flex.
Total flex é o molho, é ele que vai transitar sinuoso pelos tecidos do frango, buscando o equilíbrio intrigante entre o molho inglês, o catchup, a mostarda, o vinho e outros pacotinhos e detalhes saborosos.
Versátil, o Frango Total Flex, servem bem como café da manhã reforçado, como também serve como almoço coerente, é sóuma questão de ponto de vista quando se está tratando de Frango Total Flex.
Surpreenda-se com o gingado gostoso, cremoso e malemolente do molho Total Flex e surpreenda-se de novo!
(MAIS? Aqui ó...)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Um Mundo Doce
Nine planets round the sun
Only one does the sun embrace
Upon this watered one
So much we take for granted
So let us sleep outside tonight
Lay down in our mother's arms
For here we can rest safely
If green should slip to grey
But our hearts still
Bloody be
And if mountains crumble away
And the river dry
Would it stop the stepping feet?
Take all that we can get
When it's done
Nobody left to bury here
Nobody left to dig the holes
And here we can rest safely
One sweet world
Around a star is spinning
One sweet world
And in her breath I'm swimming
And here we will rest in peace
========================
Nove planetas em volta do sol
Somente é abraçado por ele
E neste planeta água
A tantas coisas não damos valor
Então vamos dormir ao ar livre esta noite
Deitar nos braços da mãe
Pois aqui podemos descansar seguros
Se o verde se transformasse em cinza
Mas nossos corações continuassem
Repletos de sangue
E se montanhas se desmanchassem
E o rio secasse
Isso pararia os pés destruidores?
Peguemos tudo que conseguirmos
Quando tiver acabado
Ninguém mais para enterrar aqui
Ninguém mais para cavar os buracos
E aqui podemos descansar em paz
Um mundo doce
Girando ao redor de uma estrela
Um mundo doce
E na respiração dela estou nadando
E aqui descansaremos em paz
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Maluquices e Macaquices
- Ah, Darwin... Obrigado, muito obrigado!
- Que que tem esse tal de Darwin?
- É graças a ele que conseguimos nos compreender... Entender nossas origens! E pensando bem... Como é estranho esse processo, não é mesmo?
- Ãn?? Como assim?
- Pense bem... A capacidade de cada um compreender a sua própria história, a sua vida, e até "pré-determinar" o seu futuro, está condicionada a alguma teoria específica... Que surgiu na cabeça de um outro alguém!
- Não estou entendendo bulhufas...
- E, como se não bastasse, tudo isso me fez crer que o ser humano pode ser nada mais, nada menos, do que uma comunidade de símios antropomorfos pseudo-organizados socialmente fingindo compreender o que realmente está a fazer por aqui...
- Ê... Eu, hein? Papo estranho...
- Que que tem esse tal de Darwin?
- É graças a ele que conseguimos nos compreender... Entender nossas origens! E pensando bem... Como é estranho esse processo, não é mesmo?
- Ãn?? Como assim?
- Pense bem... A capacidade de cada um compreender a sua própria história, a sua vida, e até "pré-determinar" o seu futuro, está condicionada a alguma teoria específica... Que surgiu na cabeça de um outro alguém!
- Não estou entendendo bulhufas...
- E, como se não bastasse, tudo isso me fez crer que o ser humano pode ser nada mais, nada menos, do que uma comunidade de símios antropomorfos pseudo-organizados socialmente fingindo compreender o que realmente está a fazer por aqui...
- Ê... Eu, hein? Papo estranho...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
De cabeceira - II - Humano, demasiado humano
Um livro para "espíritos livres". O subtítulo não poderia ser mais adequado. Nessa obra, Nietzsche expõe a sua visão sobre a moral, sobre a religião, sobre a música e os músicos, além de falar sobre o estado da arte de uma forma geral, sobre religião e os laços familiares, sua visão sarcástica sobre o sexo feminino e as crianças, sobre a amizade e finaliza tratando da solidão. No final, a "cereja do bolo": um epílogo. Uma linda poesia cujo título é "Entre amigos".
Aqui mesmo no blog, há algum tempo, cheguei a postar alguns de seus aforismos. Dos poucos livros do Nietzsche que tive contato esse foi aquele com o qual mais tive identificação. Nunca pretendi ser especialista em filosofia alemã ou nietzscheana, mas não há como não ficar chocado quando se consegue pela primeira vez compreender e internalizar a essência do raciocínio do filósofo alemão, sobretudo o que está contido nesse livro.
Na verdade, fazendo um rápido "flash-back", a minha porta de entrada para Nietzsche foi com aquele livro "Quando Nietzsche Chorou" de Irvin Yalom. Outro belo livro por sinal, merece tranquilamente um post exclusivo. Daí passei por "Assim falava Zaratustra" e só então conheci o "Humano, demasiado humano". E desde então, e olha que isso já faz alguns anos, esse livro não sai da minha cabeceira.
Esse é um livro especial e diferente. A peculiar acidez do texto do filósofo alemão pode até se transformar em um perigoso instrumento para "maquiar" consideravelmente o senso crítico de uma pessoa. Por isso é preciso ter bastante cautela na leitura, afinal são épocas diferentes em sociedades absurdamente discrepantes, no nível social, cultural e até intelectual. Para entender o que pretendo dizer com isso basta procurar no texto qual a verdadeira visão desse autor sobre a "ironia" ou sobre os "elogios", por exemplo.
Enfim, restam-me poucas dúvidas de que após concluir a leitura desse livro você será uma pessoa diferente. Demasiadamente humana? Só depois de percorrer com paciência os 638 aforismos dessa obra será possível responder a essa questão.
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Aqui mesmo no blog, há algum tempo, cheguei a postar alguns de seus aforismos. Dos poucos livros do Nietzsche que tive contato esse foi aquele com o qual mais tive identificação. Nunca pretendi ser especialista em filosofia alemã ou nietzscheana, mas não há como não ficar chocado quando se consegue pela primeira vez compreender e internalizar a essência do raciocínio do filósofo alemão, sobretudo o que está contido nesse livro.
Na verdade, fazendo um rápido "flash-back", a minha porta de entrada para Nietzsche foi com aquele livro "Quando Nietzsche Chorou" de Irvin Yalom. Outro belo livro por sinal, merece tranquilamente um post exclusivo. Daí passei por "Assim falava Zaratustra" e só então conheci o "Humano, demasiado humano". E desde então, e olha que isso já faz alguns anos, esse livro não sai da minha cabeceira.
Esse é um livro especial e diferente. A peculiar acidez do texto do filósofo alemão pode até se transformar em um perigoso instrumento para "maquiar" consideravelmente o senso crítico de uma pessoa. Por isso é preciso ter bastante cautela na leitura, afinal são épocas diferentes em sociedades absurdamente discrepantes, no nível social, cultural e até intelectual. Para entender o que pretendo dizer com isso basta procurar no texto qual a verdadeira visão desse autor sobre a "ironia" ou sobre os "elogios", por exemplo.
Enfim, restam-me poucas dúvidas de que após concluir a leitura desse livro você será uma pessoa diferente. Demasiadamente humana? Só depois de percorrer com paciência os 638 aforismos dessa obra será possível responder a essa questão.
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De lambuja, uma breve coletânea de posts mais antigos do blog, com trechos de alguns aforismos que compõem essa bela obra de Nietzsche:
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Tarkovsky - Offret
Andrei Tarkovsky
O Sacrificio (1986)
"Words, words, words..."
Uma das mais belas fotografias já realizadas no cinema. Uma sublime produção de despedida do diretor russo - falecido apenas alguns dias depois de realizar a pós-produção - e que através de toda essa beleza cênica, retrata sua visão sobre o tempo, a esperança, a angústia, o medo e pavor absolutos, a espiritualidade e religiosidade e o grau de impotência do ser humano diante de um futuro sombrio; um iminente holocausto nuclear. Trata-se de um filme diferente, propositalmente lento, carregado, mas que justamente por ser dessa forma, destaca com minúcias os principais aspectos do comportamento humano perante situações críticas. Para isso são utilizados vários longos "takes" sem cortes. O enredo é caótico, mas coerente. E para completar, um final surpreendente. Enfim, todos os atributos que uma película desse calibre precisa para receber, com louvor, o título de "obra-prima".
O Sacrificio (1986)
"Words, words, words..."
Uma das mais belas fotografias já realizadas no cinema. Uma sublime produção de despedida do diretor russo - falecido apenas alguns dias depois de realizar a pós-produção - e que através de toda essa beleza cênica, retrata sua visão sobre o tempo, a esperança, a angústia, o medo e pavor absolutos, a espiritualidade e religiosidade e o grau de impotência do ser humano diante de um futuro sombrio; um iminente holocausto nuclear. Trata-se de um filme diferente, propositalmente lento, carregado, mas que justamente por ser dessa forma, destaca com minúcias os principais aspectos do comportamento humano perante situações críticas. Para isso são utilizados vários longos "takes" sem cortes. O enredo é caótico, mas coerente. E para completar, um final surpreendente. Enfim, todos os atributos que uma película desse calibre precisa para receber, com louvor, o título de "obra-prima".
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Alternuâncias
Oscilações previsíveis
Em meio ao caos
Propricepção zero
Inflexibilidade
absoluta
posta à prova
Entropia dilatada
Lufada de ar quente
que não afaga
Água que não refresca
E o sono,
que não reintegra
Preso?
Você está
longe...
Livre?
Da posse!
Das obrigações?
Nunca se distanciará
Para deixar seu rastro
um preço é pago...
Aqui estou
Aqui me desintegro
Assim me reciclo
E sigo adiante
sem saber ao certo
como
isso
vai
Acabar.
Em meio ao caos
Propricepção zero
Inflexibilidade
absoluta
posta à prova
Entropia dilatada
Lufada de ar quente
que não afaga
Água que não refresca
E o sono,
que não reintegra
Preso?
Você está
longe...
Livre?
Da posse!
Das obrigações?
Nunca se distanciará
Para deixar seu rastro
um preço é pago...
Aqui estou
Aqui me desintegro
Assim me reciclo
E sigo adiante
sem saber ao certo
como
isso
vai
Acabar.
domingo, 9 de agosto de 2009
Na telona - I - A Era do Gelo 3
Taí um filme que me surpreendeu muito. É até natural para um "adulto" ir para o cinema sem expectativa alguma para um filme como esse, que a princípio, seria voltado para o público infantil. Mas essa idéia não se aplica a esse filme.
Não tenho receio nenhum de falar que trata-se de um dos melhores filmes lançados nesse ano. O enredo é extremamente coerente, o filme é muito bem desenhado com tudo, claro, voltado para o espetáculo em 3D, que como seria de se esperar, é excepcional. Sim, é estranho usar aquele "óclão" grande na cara, mas no fim tudo isso compensa.
Bom, de antemão um alerta: se você pensa em levar seu filho pequeno, ou um sobrinho, ou uma criança qualquer para ver esse filme, já deixo avisado que você correrá um enorme risco de não agradá-lo nessa "programação". Ué, mas não estou sendo incoerente? Pois é.
Acontece que esse filme, fora o fato dele ter como personagens os bichinhos carismáticos e ser em 3D, não é voltado para o público infantil. Falo isso sem medo algum de estar enganado. É bem possível que você se divirta mais no cinema do que a própria criança que, probrezinha, vai ficar "boiando" em noventa por cento das excelentes piadas do filme. Aliás, percebi muita "gente grande" também boiando nas melhores tiradas do filme. Mas fazer o quê? Cada um acha graça de uma coisa... Explicar a piada o tempo todo é que não dá, né?
Então, não perca essa chance! Trata-se de um filme altamente recomendável! Diversão garantida! O 3D é um efeito fantástico, compensa, dá mesmo outra cara para o filme, portanto corra para a sala de cinema, não fique esperando sair o vídeo na locadora não! Vá, sem medo de ser feliz.
Não tenho receio nenhum de falar que trata-se de um dos melhores filmes lançados nesse ano. O enredo é extremamente coerente, o filme é muito bem desenhado com tudo, claro, voltado para o espetáculo em 3D, que como seria de se esperar, é excepcional. Sim, é estranho usar aquele "óclão" grande na cara, mas no fim tudo isso compensa.
Bom, de antemão um alerta: se você pensa em levar seu filho pequeno, ou um sobrinho, ou uma criança qualquer para ver esse filme, já deixo avisado que você correrá um enorme risco de não agradá-lo nessa "programação". Ué, mas não estou sendo incoerente? Pois é.
Acontece que esse filme, fora o fato dele ter como personagens os bichinhos carismáticos e ser em 3D, não é voltado para o público infantil. Falo isso sem medo algum de estar enganado. É bem possível que você se divirta mais no cinema do que a própria criança que, probrezinha, vai ficar "boiando" em noventa por cento das excelentes piadas do filme. Aliás, percebi muita "gente grande" também boiando nas melhores tiradas do filme. Mas fazer o quê? Cada um acha graça de uma coisa... Explicar a piada o tempo todo é que não dá, né?
Então, não perca essa chance! Trata-se de um filme altamente recomendável! Diversão garantida! O 3D é um efeito fantástico, compensa, dá mesmo outra cara para o filme, portanto corra para a sala de cinema, não fique esperando sair o vídeo na locadora não! Vá, sem medo de ser feliz.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
1001 Discos - 0020
Sonic Youth
Dirty (1992)
Pra quem tem fome de rock
Interessante como funciona o nosso "apetite musical". Há um tempo atrás eu não conseguiria parar para escutar um disco como esse com paciência, do início ao fim. Hoje isso já me dá um prazer enorme. Com esse disco do Sonic Youth não foi diferente. Ele já estava na lista, parado a um tempão esperando para ser ouvido. Quando resolvi escutá-lo eu percebi quanta coisa há para ser falada a respeito dele, dessa banda e de todo o movimento que essa banda impulsionou em algumas "facções" do rock.
A Sonic Youth é muito conhecida por ser uma banda de noise rock e eles parecem fazer questão de defender esse título com toda a força e veemência. As guitarras quase sempre estão com distorção no máximo, assim como o baixo é também bastante distorcido e da bateria se houve principalmente o chiado dos pratos, mais do que os outros elementos percussivos.
No entanto, ao contrário do que pode parecer, essas peculiaridades não fazem desse disco uma obra ruim, muito pelo contrário. É isso que dá identidade para essa banda e é por isso que ela é tão imitada pelas bandas indie e principalmente as de post-rock (Explosions in the Sky, Mogwai, Godspeed, etc).
Os destaques ficam por conta de "Theresa's Sound World" e "Drunken Butterfly" duas músicas que ficaram muito bem dosadas tanto na dinâmica quanto na parte dos arranjos. Destaco também os timbres dos instrumentos, principalmente da bateria, que tem um som muito cru, orgânico, o que dá uma intensa vitalidade ao som final.
Dirty
Studio album by Sonic Youth
Released July 21, 1992
Recorded 1992
Genre Alternative rock
Length 58:45
Label DGC
Producer Butch Vig, Sonic Youth
All songs written by Sonic Youth, except "Nic Fit", written by Untouchables.
1. "100%" (lyrics Gordon/vocals Moore) – 2:28
2. "Swimsuit Issue" (lyrics/vocals Gordon) – 2:57
3. "Theresa's Sound-World" (lyrics/vocals Moore) – 5:27
4. "Drunken Butterfly" (lyrics/vocals Gordon) – 3:03
5. "Shoot" (lyrics/vocals Gordon) – 5:16
6. "Wish Fulfillment" (lyrics/vocals Ranaldo) – 3:24
7. "Sugar Kane" (lyrics/vocals Moore) – 5:56
8. "Orange Rolls, Angel's Spit" (lyrics/vocals Gordon) – 4:17
9. "Youth Against Fascism" (lyrics/vocals Moore) – 3:36
10. "Nic Fit" (Untouchables) (vocals Moore) – 0:59
11. "On the Strip" (lyrics/vocals Gordon) – 5:41
12. "Chapel Hill" (lyrics/vocals Moore) – 4:46
13. "Stalker" (lyrics/vocals Moore) – 3:01
* US vinyl bonus track and Japan CD bonus track
14. "JC" (lyrics/vocals Gordon) – 4:01
15. "Purr" (lyrics/vocals Moore) – 4:21
16. "Créme Brûlèe" (lyrics/vocals Gordon) – 2:33
Professional reviews
* Allmusic 4/5 stars
* Allmusic (Deluxe Edition) 4.5/5 stars
* Blender 4/5 stars
* Rolling Stone 4/5 stars 1/31/97
* Pitchfork Media (8.6/10) 15 May 2003
A Sonic Youth é muito conhecida por ser uma banda de noise rock e eles parecem fazer questão de defender esse título com toda a força e veemência. As guitarras quase sempre estão com distorção no máximo, assim como o baixo é também bastante distorcido e da bateria se houve principalmente o chiado dos pratos, mais do que os outros elementos percussivos.
No entanto, ao contrário do que pode parecer, essas peculiaridades não fazem desse disco uma obra ruim, muito pelo contrário. É isso que dá identidade para essa banda e é por isso que ela é tão imitada pelas bandas indie e principalmente as de post-rock (Explosions in the Sky, Mogwai, Godspeed, etc).
Os destaques ficam por conta de "Theresa's Sound World" e "Drunken Butterfly" duas músicas que ficaram muito bem dosadas tanto na dinâmica quanto na parte dos arranjos. Destaco também os timbres dos instrumentos, principalmente da bateria, que tem um som muito cru, orgânico, o que dá uma intensa vitalidade ao som final.
Dirty
Studio album by Sonic Youth
Released July 21, 1992
Recorded 1992
Genre Alternative rock
Length 58:45
Label DGC
Producer Butch Vig, Sonic Youth
All songs written by Sonic Youth, except "Nic Fit", written by Untouchables.
1. "100%" (lyrics Gordon/vocals Moore) – 2:28
2. "Swimsuit Issue" (lyrics/vocals Gordon) – 2:57
3. "Theresa's Sound-World" (lyrics/vocals Moore) – 5:27
4. "Drunken Butterfly" (lyrics/vocals Gordon) – 3:03
5. "Shoot" (lyrics/vocals Gordon) – 5:16
6. "Wish Fulfillment" (lyrics/vocals Ranaldo) – 3:24
7. "Sugar Kane" (lyrics/vocals Moore) – 5:56
8. "Orange Rolls, Angel's Spit" (lyrics/vocals Gordon) – 4:17
9. "Youth Against Fascism" (lyrics/vocals Moore) – 3:36
10. "Nic Fit" (Untouchables) (vocals Moore) – 0:59
11. "On the Strip" (lyrics/vocals Gordon) – 5:41
12. "Chapel Hill" (lyrics/vocals Moore) – 4:46
13. "Stalker" (lyrics/vocals Moore) – 3:01
* US vinyl bonus track and Japan CD bonus track
14. "JC" (lyrics/vocals Gordon) – 4:01
15. "Purr" (lyrics/vocals Moore) – 4:21
16. "Créme Brûlèe" (lyrics/vocals Gordon) – 2:33
Professional reviews
* Allmusic 4/5 stars
* Allmusic (Deluxe Edition) 4.5/5 stars
* Blender 4/5 stars
* Rolling Stone 4/5 stars 1/31/97
* Pitchfork Media (8.6/10) 15 May 2003
1001 Discos - Retrospectiva
Amigos, voltarei a fazer uma cobertura dos 1001 Discos, mas agora com algumas modificações. Essa adaptação foi necessária para adequar o propósito do projeto a uma maneira que fosse possível de ser realizada por apenas uma pessoa. Creio que nem é necessário ficar aqui apontando o que será diferente daqui pra frente, acredito que isso vocês irão notar naturalmente no decorrer dos futuros posts.
A partir de agora os arquivos com os mp3 ficarão disponíveis em um servidor (inclusive retroativo, incluindo os dos discos já comentados aqui no blog) mas o arquivo lá permanecerá por um tempo limitado. (Atenção: os links estarão vinculados às figuras das capas dos discos). Qualquer reclamação com relação aos direitos de propriedade pode ser encaminhada ao proprietário do blog e o link será imediatamente retirado. Por isso, fique ligado! Não dá pra garantir por quanto tempo será possível manter esse intercâmbio com vocês, então o melhor a fazer é tirar o máximo proveito disso! Vamos discutir música, criticar o álbum ou o artista, recomendar um som para alguém...
A partir de agora os arquivos com os mp3 ficarão disponíveis em um servidor (inclusive retroativo, incluindo os dos discos já comentados aqui no blog) mas o arquivo lá permanecerá por um tempo limitado. (Atenção: os links estarão vinculados às figuras das capas dos discos). Qualquer reclamação com relação aos direitos de propriedade pode ser encaminhada ao proprietário do blog e o link será imediatamente retirado. Por isso, fique ligado! Não dá pra garantir por quanto tempo será possível manter esse intercâmbio com vocês, então o melhor a fazer é tirar o máximo proveito disso! Vamos discutir música, criticar o álbum ou o artista, recomendar um som para alguém...
Aí vai então, uma lista dos discos já comentados (com link direto para o comentário):
0019 - Michael Jackson - Thriller
0018 - Sepultura - Roots
0017 - The Disposable Heroes of Hiphoprisy - Hypocrisy Is the Greatest Luxury
0016 - Jane's Addiction - Nothing's Shocking
0015 - AC/DC - Highway to Hell
0014 - Talking Heads - Remain in Light
0013 - Butthole Suffers - Locust Abortion Technician
0012 - Sonic Youth - Daydream Nation
0011 - Os Mutantes - Os Mutantes
0010 - Björk - Medulla
0009 - Donavan - Sunshine Superman
0008 - Dinosaur Jr - You're Living All Over Me
0007 - Miles Davis - Bitches Brew
0006 - Steely Dan - Can't Buy A Thrill
0005 - The Pharcyde - Bizarre Ride II the Pharcyde
0004 - Aerosmith - Pump
0003 - Dr. Dre - The Chronic
0002 - Joe Ely - Honky Tonk Masquerade
0001 - Sonic Youth - Goo
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
De cabeceira - I - Livro do Desassossego
Livro do Desassossego
(Fernando Pessoa)
(Fernando Pessoa)
O que é um livro? Não, não quero saber o que está no dicionário nem na enciclopédia não. O que é, PRA VOCÊ, um livro? Pra mim, pensando brevemente, um livro é aquele companheiro que nunca vai faltar com você. Aquele amigo de verdade que mesmo quando tudo estiver complicado ele vai estar ali com total disponibilidade pra você. Um livro não depende diretamente de energia elétrica para ser desfrutado. Para entender o que estou falando sugiro uma breve experiência: pegue um bom livro, coloque debaixo do braço e saia para lê-lo na tranqüilidade de um parque. Sim, eu sei, é complicado, a vida moderna é uma constante correria, não há espaço nem mesmo para um "pobre" livro. Tudo bem. Que tal, então, aquela idéia de "menos TV e mais leitura"?
Ninguém fica ligado na tomada 24 horas por dia. Tire um tempo do seu dia - quinze minutos ou meia hora - e leia. Ah! Leia UM LIVRO! Escolha um bom livro e se concentre para entrar e conseguir captar o "espírito" do escritor. Não é tão difícil assim, vai...
Hoje existe livro pra tudo nessa vida. Livro que te ensina a caminhar, que te ensina a estudar, que te ensina a criar um bebê, que te ensina a ter um relacionamento ou a desmanchá-lo, que te ensina a fazer o sexo mais animalesco ou então a ser um total asceta, enfim... Só não aprende algo quem tem preguiça ou total desinteresse sobre tal assunto. Até aí nenhuma novidade.
Quando tomei contato pela primeira vez com o Livro do Desassossego a minha reação não foi simplesmente de um imediato interesse. Antes disso, foi de uma total identificação com a forma que ele é escrito. Até porque eu sempre gostei de Fernando Pessoa, mas confesso que tenho certa dificuldade em absorver algumas de suas poesias. Esse livro é em prosa e a identificação, portanto, aparece desde a estrutura do texto. Já até comentei isso com algumas pessoas, se hoje eu pudesse escolher um livro que eu gostaria de ter escrito, sem sombra de dúvidas seria esse. Esse livro sou eu, destrinchado por Fernando Pessoa e seu heterônimo Bernardo Soares.
Praticamente tudo que está ali está exposto de forma tão bela e simples que é difícil não se encantar e se identificar. A redação em português de Portugal é singela, viva e tem uma sonoridade tão natural e harmônica que certos trechos merecem ser lidos em voz alta apenas para que possamos perceber as diferentes nuâncias do nosso idioma moderno atual para aquele do início do século passado.
A forma como o personagem enxerga a vida, o tédio, a solidão, a natureza, as relações entre as pessoas é bem distinta da que estamos acostumados a ver mundo afora. Nos filmes geralmente há uma preocupação com o "happy end". Assim como na maioria dos livros "best-sellers" e não há nada de errado nisso. No entanto, existe uma alternativa pra isso tudo, sobretudo pra quem não enxerga a vida de uma forma tão romantizada como em uma "novela" ou como num filme "hollywoodiano". As pessoas não são obrigadas a serem "felizes". É questão de escolha.
Pois é. O guardador de livros Bernardo Soares escolheu viver assim. Sozinho. Solitário. Infeliz? Procure o livro. Leia. E tire as suas conclusões.
Ninguém fica ligado na tomada 24 horas por dia. Tire um tempo do seu dia - quinze minutos ou meia hora - e leia. Ah! Leia UM LIVRO! Escolha um bom livro e se concentre para entrar e conseguir captar o "espírito" do escritor. Não é tão difícil assim, vai...
Hoje existe livro pra tudo nessa vida. Livro que te ensina a caminhar, que te ensina a estudar, que te ensina a criar um bebê, que te ensina a ter um relacionamento ou a desmanchá-lo, que te ensina a fazer o sexo mais animalesco ou então a ser um total asceta, enfim... Só não aprende algo quem tem preguiça ou total desinteresse sobre tal assunto. Até aí nenhuma novidade.
Quando tomei contato pela primeira vez com o Livro do Desassossego a minha reação não foi simplesmente de um imediato interesse. Antes disso, foi de uma total identificação com a forma que ele é escrito. Até porque eu sempre gostei de Fernando Pessoa, mas confesso que tenho certa dificuldade em absorver algumas de suas poesias. Esse livro é em prosa e a identificação, portanto, aparece desde a estrutura do texto. Já até comentei isso com algumas pessoas, se hoje eu pudesse escolher um livro que eu gostaria de ter escrito, sem sombra de dúvidas seria esse. Esse livro sou eu, destrinchado por Fernando Pessoa e seu heterônimo Bernardo Soares.
Praticamente tudo que está ali está exposto de forma tão bela e simples que é difícil não se encantar e se identificar. A redação em português de Portugal é singela, viva e tem uma sonoridade tão natural e harmônica que certos trechos merecem ser lidos em voz alta apenas para que possamos perceber as diferentes nuâncias do nosso idioma moderno atual para aquele do início do século passado.
A forma como o personagem enxerga a vida, o tédio, a solidão, a natureza, as relações entre as pessoas é bem distinta da que estamos acostumados a ver mundo afora. Nos filmes geralmente há uma preocupação com o "happy end". Assim como na maioria dos livros "best-sellers" e não há nada de errado nisso. No entanto, existe uma alternativa pra isso tudo, sobretudo pra quem não enxerga a vida de uma forma tão romantizada como em uma "novela" ou como num filme "hollywoodiano". As pessoas não são obrigadas a serem "felizes". É questão de escolha.
Pois é. O guardador de livros Bernardo Soares escolheu viver assim. Sozinho. Solitário. Infeliz? Procure o livro. Leia. E tire as suas conclusões.