http://www.makepovertyhistory.org Usina de Pensamentos: fevereiro 2009

Criar, mudar, refinar o pensamento! Viver o sentimento e sentir o que é vivido! Enxergar as ilusões recolocar-se na realidade! Ter insights, sentir-se continuamente inspirado... Seja mais um operário na Usina de Pensamentos!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

GAME OVER


Está mais do que claro. Nesses últimos dias não tenho atualizado mais esse blog como nos meses que se passaram. Pra qualquer pessoa isso poderia passar despercebido. "Está sem tempo" - concluiria qualquer um. "Correria" - diria o outro. "Tá Ocupado" - pensaria outra pessoa. Mas não.

Pra mim, o silêncio tem tanto valor quanto qualquer ruído, quando não um valor maior. Mas pouquíssimas pessoas tem sensibilidade para isso. E o mais curioso é que talvez por isso mesmo eu não tenha sentido a menor falta disso aqui. Gosto bastante, é verdade. Mas eu gosto de outras coisas também. E quero aprender a gostar de várias outras.

Para isso, preciso refrescar bastante as minhas idéias. Vou, então, me metamorfosear. Por isso vou embora, mas qualquer dia - quem sabe - pode ser que eu volte. Agora, entrarei na minha caverna e enfrentarei os meus queridos demônios. Porque, afinal, ninguém poderá enfrentá-los por mim. Fato é que na vida, às vezes, chegamos a um ponto em que se não fizermos isso, colocamos todo o resto a perder. Então, paciência.

Não garanto se ou mesmo como eu retornarei. Espero um dia poder concluir alguns dos projetos iniciados aqui. Por enquanto vou empurrá-los para segundo ou terceiro plano. Mas este espaço está, como sempre, aberto. Totalmente aberto. Deixem seus recados aí nas caixinhas. Sempre que for possível, retornarei pra vocês, qualquer que seja o teor das mensagens. Quero ser provocado. Se puderem, me convençam de que estou equivocado em minha decisão.

Só peço uma coisa, paciência. Daqui em diante, o tempo vai ser meu mestre e ele vai guiar meus passos. Estarei ausente, mas presente sempre que preciso.

"Say Goodbye..." 

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Darwin é 200

Esteja a teoria dele certa ou errada. Seja amado ou odiado. Convincente ou nem tanto. Trata-se de uma personalidade que merece ser celebrada. Veio dele a minha principal inspiração para me formar biólogo. Suas idéias estarão para sempre incrustradas em toda minha maneira de pensar. O fato de você "acreditar" ou não na Teoria da Seleção Natural é indiferente.

Independentemente de toda essa discussão que perdura até os dias de hoje, o mais importante é que o "velhinho" aí de cima prestou um enorme serviço para a humanidade. Não fez nada sozinho, é verdade. Mas, mesmo assim, ele colocou o dele "na reta". Ele expôs a maneira dele de enxergar o mundo e nos obrigou a questionar e mudar o rumo da nossa realidade enquanto ser humano. Isso é algo muito profundo. Porque, queira você ou não, Darwin influenciou e está presente na sua vida. O impacto das suas idéias foi avassalador e ainda possibilitou inúmeros avanços não só na área da biologia e ecologia pura, mas também nas áreas médicas e farmacêuticas para não falar na filosofia, antropologia, etc, etc.

Na verdade, não pretendo escrever agora um tratado defendendo isso ou aquilo, esse ou aquele ponto de vista como verdadeiros. Nada disso. Esse post é apenas mais um humilde tributo pelo bicentenário do nascimento de um "cara" que mereceria vários e vários posts em qualquer blog. Recomendo a qualquer pessoa voltada para qualquer área do conhecimento uma imersão na biografia de Charles Darwin. Todo o seu critério, a disciplina, a paixão pelas Ciências Naturais, seus métodos, a maneira de se corresponder, a sua redação, o lento processo para tirar as conclusões...

Não perca tempo, e acredite. Mas confie mesmo na minha palavra. Trata-se de uma pessoa realmente GENIAL!!!

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Aliás, aproveito esse post - que vem muito a calhar - para deixar um abração para uma pessoa que "transpira" Charles Darwin (muito mais do que eu, inclusive) e que andou passeando pelo blog aqui.

Valeu pela mensagem Nathy!!!

Espero que você esteja bem e torço para que tudo dê certo nessa sua caminhada. Boa sorte na conclusão do mestrado!!!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Professor nota zero


Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única questão sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. (G. Dimenstein)

Leia mais (sobre mais esse absurdo), aqui ó.

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Viu? Não é tão difícil assim. É muito simples começar a resolver um problema que até aparenta ser bastante complexo, como a educação. Aliás, tenho essa idéia desde meus tempos da escola ginásial. Por que que professor não precisa fazer prova, da mesma forma que os alunos?

O segredo está aí. "Provinha" pra todo mundo, até para os professores. Mas pra isso é preciso ter coragem. Coragem para não procurar nas estatísticas alguns índices com viés político e eleitoreiro. Alfabetização crescente? Índice de reprovação em declínio? Construção de escolas? Mais crianças na escola? Será que só isso basta? Além do quê, tudo isso é muito fácil de ser maquiado, de ser burlado, de forma a se demonstrar eficiência e competência em um setor que precisa ser tratado com muito cuidado por ser o que está mais relacionado ao nosso futuro, como é o caso da educação.

Profissionais capacitados é o mínimo que se exige para a manutenção de qualquer sistema, por que então seria diferente na área da educação? No Brasil não parece funcionar assim. Quanto mais escolas, quanto mais "menino" na escola, quanto menos "reprovação" melhor. No entanto, sem uma boa base, com professores minimamente qualificados não adianta nada. Esses profissionais precisam, mesmo, serem avaliados. Urgentemente.

Mas isso abriria os olhos de muita gente, para outros problemas graves inclusive. E para "algumas pessoas" , quanto mais "cega" a população, melhor. O índice de popularidade agradece.

Lá é diferente de Cá?

Presidente recebe caviar enquanto 65 mil sofrem de cólera


O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, comemora seu aniversário de 85 anos no próximo dia 21 com uma festa que terá, entre outros luxos, 2.000 garrafas de champagne Moët & Chandon, 8.000 lagostas, 4.000 porções de caviar, 3.000 patos e 8.000 caixas de chocolate Ferrero Rocher chocolates, informa o jornal britânico "The Times". Já a população sofre com a fome e a falta de condições mínimas de higiene que ajudam a propagar uma epidemia de cólera que afetou mais de 65 mil pessoas, das quais 3.323 morreram, desde agosto do ano passado.

Nos últimos dias, informa o "Times", o Zanu-PF, partido de Mugabe --que está desde 1980 no poder--, pediu doações de empresas zimbabuanas e fizeram uma lista do que querem receber para as celebrações do aniversário do seu líder.

A lista, que inclui ainda 500 garrafas de whisky Johnny Walker Blue Label e Chivas de 22 anos e 16 mil ovos, parece ignorar a situação de crise humanitária da população do Zimbábue, que sofre com uma hiperinflação e taxa de desemprego de 94%. Segundo dados das organizações internacionais, 7 milhões de pessoas dependem de ajuda humanitária para sobreviver.

O pedido de doações, afirma o "Times", inclui ainda um aviso: "No mealie meal" (algo como "nada de refeição de milho"), uma referência ao tipo de comida que alimenta a maioria da população durante os tempos de crise.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O fim da picada


Para quem já se incomodava com as conversas nos celulares --comuns nos restaurantes e nos cinemas--, a nova onda que está tomando São Paulo pode ser um pesadelo. Munidas de aparelhos potentes, a moçada decidiu abolir o uso dos fones de ouvido nos espaços públicos.

"Tenho o fone, mas me incomoda", justifica Douglas Santos, 19. O estudante, que é fã de animês, ouve suas músicas preferidas aonde quer que vá. Em uma lanchonete na zona sul da cidade, Douglas já é reconhecido antes mesmo de entrar. "Pela música alta meus amigos já sabem que eu estou chegando."
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Tem cabimento um negócio desses???
Eu tento, juro que tento, mas não consigo entender qualé que tá pegando com essa molecada de hoje.
Porque vô te falá um negócio procê: se um badeco desse dá o azar de cruzá o meu caminho enchendo as paciência com uma porcaria de um som de "caxinha de abelha" num celular...
Sei não, sei não...
Vá pra lá ...
Vamo acordar, moçada!!! =D

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Emancipate yourselves from mental slavery

no Flickr.

Modelo mental

Segundo Johnson-Laird, o centro psicológico do conhecimento consiste em se ter um modelo do fenômeno na cabeça. Esse modelo tem uma estrutura de relação similar ao processo que ele modela. A criança representa o mundo real construindo modelos com símbolos (lembranças) e procurando exemplos e contra-exemplos. Modelos mentais são ferramentas para pensar.

Modelos mentais podem ser adquiridos sem instrução prévia. Assim, o conhecimento é implícito e sem possibilidades para reflexão. Ou ainda, podem ser derivados de ensinamento, de forma consciente e passíveis de reflexão. Johnson-Laird diz que se você tem idéia do que causa certo fenômeno, os resultados que se obtém, como controlá-lo ou alterá-lo, ou ainda, relacioná-lo com outros fenômenos, você entende esse fenômeno porque tem um modelo dele funcionando em sua mente.

Os modelos mentais são mais simples que os reais e podem não ser completos ou tecnica e cientificamente corretos mas eles existem para explicar ou ajudar a entender situações do mundo real. Segundo Rosalind Driver, várias são as interpretações a respeito do que vem a ser um modelo mental: uma interpretação simplista seria a de que um modelo mental é a representação daquilo que se tem na mente. Assim, pensar envolve criação e internalização de modelos simplificados da realidade.

Para a Ciência Cognitiva, modelos mentais são representações de um domínio que envolvem previsões, explanações e simulações. Caracterizam as formas pelas quais compreendemos os sistemas com os quais interagimos.

Rouse e Morris, na área de Supervisão e Controle de Sistemas, dizem que um modelo mental inclui conhecimento sobre o sistema a ser controlado, sobre as perturbações prováveis de afetar seu funcionamento e estratégias com a tarefa de controle. É um mecanismo para explicar o funcionamento desse sistema e prever estados futuros.

Gentner e Stevens compartilham da idéia de que o comportamento de uma pessoa é melhor explicado em termos do conteúdo de sua mente, de seus conhecimentos e crenças, independente de quaisquer mecanismos mentais. Dessa forma, os modelos mentais são construídos por analogia com sistemas mais familiares.

Um outro pressuposto é o de que ao fazer previsões ou explicar o funcionamento de um sistema a pessoa simula mentalmente uma estrutura simbólica de componentes interligados. deKleer e Brown acreditam que uma pessoa ao manipular seus modelos mentais faz inferências e previsões numa forma de simulação mental. É como imaginar um programa de computador sendo rodado.

Os modelos mentais são elaborados conscientemente ou inconscientemente baseados em estruturas semânticas. Representam nossos conceitos sobre o mundo.

A teoria de modelos mentais de Johnson-Laird diz que nossa habilidade em dar explicações está intimamente relacionada com nossa compreensão daquilo que é explicado, e para compreender qualquer fenômeno ou estado de coisas, precisamos ter um modelo funcional dele. Tais modelos são análogos aos eventos que acontecem no mundo real, embora incompletos e não tão fiéis. Mas permitem ao sujeito compreender fenômenos e eventos, atribuir causalidade, tomar decisões e controlar sua execução.

Alguns desses modelos são adquiridos através da interação com o meio e com outras pessoas, pelas experiências sensoriais. Outros, através da transmissão de conhecimento e da cultura.

Carrol e Olson apresentam uma outra definição para modelos mentais. Eles dizem que um modelo mental é uma estrutura rica e elaborada que reflete a compreensão do indivíduo sobre o sistema, de como ele funciona e por que funciona daquela maneira. É o conhecimento que o indivíduo tem sobre o sistema que permite experimentar ações mentalmente antes de executá-las.

Texto extraído de "Modelagem Computacional na Educação"
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Será realmente
tão simples assim?
Se imaginamos o mundo de uma maneira
Seria, talvez, por ele ser, de fato, "assim"?
Individualmente, sim
Mas, e coletivamente?
Existe realmente algum "instinto coletivo" de auto-preservação?
Persiste esse "instinto coletivo" com o aumento da população?
Resistirá esse "sentimento",
ao contínuo bombardeio de informações do cotidiano?
a um aumento da violência cruel,
da criminalidade e corrupção nos grandes centros?
Resistirá
a toda pressão do convívio urbano?
a toda dificuldade em se obter alguns recursos essenciais,
sobretudo quando alguns se tornarem muito escassos?
Ou seria pura ingenuidade,
o simples fato de acreditar
que esse "sentimento" existe ou já existiu?
Ou então,
Teria o universo mesmo
infinitas realidades?
Sem possibilidade de controle
E sem "necessidade" alguma de um controle
...cada um em um plano diferente...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"Pushing our limits"


Assim é... Assim funcionam as coisas... Nem sempre é possível tirar o máximo de tudo que você imagina. Os limites estão aí, escancarados para que você veja. Mas você teima em ignorá-los. Tudo bem. Já sabe bem o que te esperas...

Afinal, está escrito embaixo do teu nariz:

"Aproveite cada segundo! (L)"

Segues à risca tudo isso...

Assim vale a pena, vale d+!!!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Legendas.tv temporariamente fora do ar

É uma pena... Mas a internet, tal qual conhecemos hoje está com os dias contados. Agora impera a lei do terror, de quem "pode" mais, de quem faz mais lobby, e o mundo aberto, livre e democrático que existe na internet tem um futuro um tanto sombrio. Agora até site de legendas eles estão atacando!!! Desde quando compartilhar um arquivo de menos de 100kb é pirataria??? Tenho TV a cabo aqui em casa, com pay per view e tudo, pago caríssimo por uma internet banda larga e não deixo de consumir qualquer produto por conta da internet. Eles precisam entender que internet é parte do lazer. É livre. Sem legitimidade alguma, uns advogadinhos de m*** de companhias anti-pirataria estão ameaçando os grupos de servidores com acusações sem nenhum fundamento. Esses, por sua vez, para não se comprometer de nenhuma maneira, ameaçam tirar todo conteúdo do ar. O imbróglio é criado e lentamente essa forte pressão exercida pelas empresas vai surtindo efeito. Aproveite enquanto for possível... Porque daqui a algum tempo estaremos olhando para trás e dizendo: "Foi bom enquanto durou...".

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Legendas.tv
O que aconteceu

Como vocês podem ter acompanhado, nos últimos dias o Legendas.tv enfrentou basicamente 3 problemas:

1. Sobrecarregamento do servidor – com o retorno das principais séries na última quinzena de janeiro, houve um aumento exorbitante no número de acessos ao site. A solução seria investir em equipamentos de hardware mais potentes, mas…
2. APCM e datacenter – Por motivos discutidos aqui, a APCM (antiga ADEPI – sim, a mesma que empregou a tática do terror ameaçando processar o LostBrasil por causa das legendas em 2006) novamente está procurando alguma visibilidade e, mesmo enviando um e-mail mal elaborado ao datacenter do Legendas.tv, acabou causando turbulência na relação entre Legendas.tv e Datacenter – e nossos planos de melhorar o servidor foram deixados de lado, pois a qualquer momento o datacenter poderia bloquear o acesso ao site e o investimento teria sido em vão. De fato, após algumas horas o datacenter bloqueou o site, mas não removeu nenhum arquivo (sim, temos e sempre tivemos backups).
3. Ataques – Todo site grande é vítima de ataques frequentemente. A maioria deles foi barrado, mas devido à já delicada situação do servidor, estes ataques acabaram tendo influência nas constantes quedas do site.

O que está acontecendo

* O site está fora do ar temporariamente (ele NÃO foi fechado). Levará alguns dias até que migremos para um datacenter simpático à nossa causa, onde poderemos investir sem medo em um servidor que dê conta de manter o Legendas.tv estável; as conversas com os donos de datacenters da Holanda e Suécia são bastante animadoras neste sentido.
* Neste meio tempo, vamos disponibilizar a versão Legendas.tv Lite do site (hospedado provisoriamente em um servidor mais modesto), onde as legendas que estão sendo feitas serão lançadas. A previsão é para que o Legendas.tv Lite esteja no ar entre hoje e amanhã (03/02 e 04/02). LEGENDAS.TV LITE ONLINE!
* Até lá, as legendas podem ser encontradas no www.insubs.com (APCM tratou de retirar) ou comunidades de séries no orkut facilmente.
* Qualquer novidade será noticiada pelo blog e pelo twitter.

O que vai acontecer

* O Legendas.tv voltará ao ar: mas os datacenters (ligados ou indicados pessoalmente pelos administradores do The Pirate Bay) trabalham em sistema de co-location, o que significa que eles alugam apenas as instalações – o computador/servidor precisa ser comprado separadamente. Além disso, é preciso pagar 3 meses de mensalidade pela locação das instalações antecipadamente.
* Muito provavelmente precisaremos do suporte de vocês para levantar fundos e migrar para um novo e seguro datacenter; estamos aguardando os orçamentos dos datacenters e assim que decidirmos para qual migrar postaremos mais notícias sobre como vocês poderão nos ajudar.

Agradecimentos

* Aos amigos legenders: por tudo
* Aos blogs, sites especializados e veículos de imprensa: pelo apoio
* Àqueles que escreveram oferecendo suporte jurídico (provavelmente precisaremos e contamos com vocês!)
* À multidão de pessoas que tem protestado de todas as formas possíveis e imagináveis: vocês juntos têm um poder suficientemente forte para fazer com que HAJA um debate aberto com diversos setores para que seja repensada a indústria cultural em tempos de globalização e internet, e que a questão dos direitos autorais seja mais balanceada, e não restritiva a ponto de, nas letras da lei, transformar milhões de brasileiros em "infratores" porque eles, como consumidores insatisfeitos, não têm suas necessidades supridas.

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E-mail enviado pela APCM ao datacenter do Legendas.tv

APCM - ANTIPIRATARIA CINEMA E MÚSICA
RUA HADDOCK LOVO, 585 - SÃO PAULO-SP-BRASIL
UNIDADE DE ANTIPIRATARIA NA INTERNET
+55 (11) 3061-1990×224
pre-release@apcm.org.br

ATENÇÃO: DEPARTAMENTO DE MAU USO
Por meio deste declaramos que a APCM - Associação Anti Pirataria de Cinema e Música, é a representante autorizada da UNIVERSAL MUSIC DO BRASIL LTDA; WARNER MUSIC DO BRASIL LTDA; SONY-BMG LTDA; SIGLA - SISTEMA GLOBO DE GRAVAÇÕES AUDIO VISUAIS LTDA; EMI MUSIC LTDA; COLUMBIA PICTURES INDUSTRIES INC; DISNEY ENTERPRISES INC; METRO GOLDWYN-MAYER STUDIOS INC.; PARAMOUNT PICTURES CORPORATION; TWENTIETH CENTURY FOX FILM CORPORATION; UNIVERSAL CITY STUDIOS INC.; WARNER BROS.; UNITED ARTISTS PICTURES INC.; UNITED ARTISTS CORPORATION; UBV - UNIÃO BRASILEIRA DE VÍDEO E ASSOCIADAS, e representando a IFPI – Federação Internacional da Indústria Fonográfica e MPA - Motion Picture Association.

A APCM acredita de boa-fé que os itens oferecidos para distribuição por terceiros no (tracker) listado abaixo prejudica os interesses dos detentores de direitos autorais em um ou mais trabalhos protegidos por direitos autorais; os items estão sendo oferecidos de uma maneira que não é autorizada por nossos membros, agentes ou pela lei.

Por favor, aja prontamente no sentido de remover ou desabilitar o acesso para

http://legendas.tv/ IP: 67.228.201.206

Eu declaro sob pena de *falso testemunho* que o que está escrito acima é verdade e corresponde ao mais alto grau do meu conhecimento e convicção.

Edner de Toledo Alves Bastos
Internet Anti-Piracy Manager
APCM - Associação Anti-Pirataria Cinema e Música

Recebemos cópia deste e-mail do datacenter e fomos inqueridos a dar explicações – fizemos isto explicando que o site possui apenas legendas e que mesmo aqui no Brasil a legislação é obscura em relação a legendas ser ou não pirataria. Entretanto, o datacenter nos enviou esta mensagem:

Nem todo o conteúdo listado no requerimento de remoção DMCA (Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital) foi removido. De fato, dificilmente algo chegou a ser removido e há conteúdo que pode conduzir a uma futura remoção por ingringir DMCA.
De modo a prevenir mau uso de nossos Termos de Seviço, bloqueamos o acesso ao IP associado ao relatório de mau uso e solicitamos que este site seja removido da nossa rede.

O datacenter, não querendo se envolver em discussões futuras, resolveu bloquear o acesso externo ao site (ainda temos acesso ao servidor e os backups foram feitos).

1001 Discos - 0019

Michael Jackson
Thriller
(1982)

O Ápice do Equilíbrio

Uma das boas coisas que acontecem ao se fazer essa imersão pelos 1001 discos são as belas redescobertas que nos esperam pelo caminho. Isso mesmo. É uma maravilha redescobrir algumas pérolas que estavam lá no fundo do baú. Pois foi essa a minha sensação ao sentar para escutar o álbum de hoje.

Para mim, sentar e ouvir "Thriller" com todas suas nuâncias e em todos os detalhes foi como fazer uma regressão. Apesar de ser um fã declarado das músicas do Michael Jackson, na verdade não tenho parado para escutar seus álbuns mais antigos. Tinha escutado o "Dangerous" a um tempo atrás e volta e meia eu coloco o "Invincible" pra rodar aqui.

Mas, por mais estranho que possa parecer, quase não escuto os álbuns clássicos desse artista fenomenal. Simplesmente por falta de hábito. "Off the Wall", "Thriller" e "Bad" não faziam parte da minha coleção (de mp3). Pois então, estou tratando de preencher essa lacuna o mais rápido possível.

Por isso eu posso dizer com toda tranquilidade: é um prazer enorme poder escutar um álbum que represente tão bem o significado da palavra "qualidade". A construção desse álbum se deu de forma absolutamente impecável. Não há uma única nota fora do lugar. Ao mesmo tempo, as músicas não soam nem um pouco artificiais, como até seria de se esperar. É um álbum que não perde a vibração nem um segundo. Aliás, vibração ele tem de sobra. MESMO.

A sequência Thriller > Beat It > Billie Jean > Human Nature é qualquer coisa. De arrepiar. Talvez essa seja a melhor sequência de quatro músicas de um disco pop. Quatro incríveis hits enfileirados no mesmo disco. Hoje isso até poderia representar um enorme disperdício em termos de mercado. Cada uma dessas músicas em um álbum diferente já seriam chamariz suficiente para vender outras dezenas de milhões de cópias de cada álbum que as contivesse, sem dúvida alguma.

Para quem nasceu antes de 1985 qualquer uma dessas quatro músicas dispensam comentários. Nessa época, em que a rádio e a televisão se preocupavam ainda mais com a cultura em si, principalmente na área musical, Michael Jackson reinou de forma absoluta, foi soberano. Sua fusão da disco music, com funk, pop, r&b e elementos sutis do rock criou um estilo perfeitamente adaptável ao rádio. É leve, tem balanço, suingue e não satura o ambiente, fato que pode acontecer, às vezes, com o rock.

No entanto, é sobre as outras músicas, "menos" conhecidas, que vou tentar esquadrinhar algo aqui. Porque elas merecem
tanto destaque quanto os badalados hits já citados.

Pode parecer redundância, mas a música de abertura "Wanna Be Startin' Somethin" tem tudo que uma "música de entrada" precisa para criar o clima do álbum como um todo. Ouça você mesmo e repare bem. Preste bastante atenção em todos os detalhes da "intro" dessa música. Três batidas na caixa e a entrada "aparentemente" atravessada. O baixão segurando um groove "pesado" o tempo todo, basicamente o mesmo groove na música inteira. Quando entra o arranjo de guitarra, repare na vocalização ao fundo. É muita criatividade. Isso pra não falar na interpretação "insana" da letra e em toda a capacidade vocal de Michael Jackson. Canta demais. Os arranjos vocais são espetaculares. São várias camadas, vários elementos gravados interpoladamente que se intercalam com arranjos incríveis de metais e com a guitarra, com seu timbre notável.

Depois, para "descansar" um pouco de toda essa vibração, você curte uma onda mais disco e r&b "Baby be Mine". Relativamente menos "frenética" do que a anterior, ela não fica para trás em termos de qualidade. A "intro" dessa música também é muito peculiar, por ser somente com a bateria. Mas é na melodia que está o segredo dessa canção. A capacidade de Michael em fazer melodias marcantes está evidenciada ali. E mais uma vez, ele canta muito, não precisaria nem ficar repetindo isso, mas vale muito a pena reparar esse detalhe nessa música especificamente.

Daí caimos em uma balada "The Girl Is Mine". Uma simples balada? Hahaha. É... Muuuuito simples. Afinal, uma parceria com Paul McCartney não é nada de mais, não é mesmo? Basta ligar e ele vem atendê-lo. Pois está ali. Michael Jackson e Sir Paul McCartney juntos. A partir daí dá para se ter uma idéia do quão bela é a música. Não há nada que precise ser retocado numa música como essa. Linda.

Bom, como se tudo isso não bastasse, é daí pra frente que o disco realmente "acontece". Seguem "Thriller", "Beat It" e "Billie Jean", das quais qualquer coisa que eu fale, por mais "mínimo" que possa ser o detalhe, estarei chovendo no molhado. Mas, sendo agora um crítico mais severo, a faixa-título"Thriller" é a música que mais destoa do álbum como um todo. Ela tem balanço legal, mas só, e todo esse clima cansa antes mesmo de a música acabar. E aquela voz esquisita de "zumbi" no final não encaixou nada bem na música, na minha opinião.

Mais adiante no disco, passando reto sobre as obrigatórias "Beat it" e "Billie Jean", nos deparamos com a bela "Human Nature". O que dizer, então, de uma melodia que encantou até Miles Davis? Aliás, eu conhecia essa música mais pelo trompete do jazzista do que pela inconfundível voz do Michael. Imperdível.

Daí pra frente, o disco segue sua excelente toada. É um disco facil demais de se escutar, é tão bem feito que agrada facilmente a qualquer ouvido, e qualquer restrição que se possa fazer a esse disco será mais pessoal em relação ao Michael do que estritamente técnica, relacionada à musica ali contida.

Em suma, uma obra-prima do pop. Reúne todos os elementos que um disco precisa para arrebentar nas paradas de sucesso. Não é à toa que na própria página na Wikipedia os reviews desse disco formam uma verdadeira constelação, uma via-láctea de toda a crítica.

Uma pena que, desse álbum em diante, a carreira e a vida pessoal de Michael Jackson passaram a tomar um rumo "ladeira abaixo" e, apesar de ainda conseguir emplacar alguns bons discos, nada foi comparável ao sucesso obtido no início dos anos 80. Prova de que o ápice do equilíbrio está, realmente, a um passo do desatino.



Thriller

link

Studio album by Michael Jackson
Released November 30, 1982
Recorded April 14 – November 8, 1982
Westlake Recording Studios
(Los Angeles, California)
Genre Pop, rock, R&B
Length 42:19
Label Epic (EK-38112)
Producer Michael Jackson
Quincy Jones

All songs written and composed by Michael Jackson, except where noted.
# Title Length

1. "Wanna Be Startin' Somethin'" 6:02
2. "Baby Be Mine" (Rod Temperton) 4:20
3. "The Girl Is Mine" 3:42
4. "Thriller" (Temperton) 5:57
5. "Beat It" 4:19
6. "Billie Jean" 4:54
7. "Human Nature" (John Bettis, Steve Porcaro) 4:05
8. "P.Y.T. (Pretty Young Thing)" (James Ingram, Quincy Jones) 3:58
9. "The Lady in My Life" (Temperton) 4:59

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ah, então tá bom...

Castelo em Minas Gerais vale mais de R$ 20 milhões

O castelo do deputado Edmar Moreira (DEM-MG), novo corregedor da Câmara, está avaliado em mais de R$ 20 milhões. Deputado diz que castelo não foi declarado por estar no nome do filho.

Biologia - 05 Anos


Pois bem. É um pouco duro enfrentar isso. Mas é a pura verdade. Cinco anos desde a formatura na faculdade. O tempo que passei fora da faculdade já superou em um ano tudo que vivi lá dentro. Nós não percebemos, mas o tempo passa.

De biólogo mesmo, sinto que restou pouca coisa. Algumas boas idéias e experiências, bons livros na biblioteca particular e só. O espírito científico, mais positivista, se esvai. Acredito cada vez menos na ciência. A medida que o tempo passa tenho cada vez menos vontade de trabalhar de forma científica. Não vejo, hoje, tanta diferença entre o que faz um cientista e o que faz um outro profissional qualquer, como um advogado, por exemplo. Ambos se apóiam em doutrinas, em livros e teorias ou em algumas evidências tentando impor a sua perspectiva como se fosse verdadeira. O meio acadêmico não mais me apraz como há algum tempo atrás.


Os amigos e colegas também se dispersaram. Natural. Vida que segue. Não sei se esperava que tudo fosse acontecer dessa maneira. Porque uma coisa é certa. Confesso (com uma "pontinha" de orgulho) que nos últimos dois anos do curso pouco proveito tirei das disciplinas em si. Explico.

Passava muito mais tempo fora da sala do que dentro dela, como seria de se esperar.
A convivência, os eventos, qualquer evento, a "volta para casa" da faculdade, como aquelas não se vê em qualquer lugar. E sei que nunca mais viverei momentos como aqueles. Por diversos motivos, mas principalmente porque envelhecemos e amadurecemos. Sempre uma "escapulidinha", sempre uma oportunidade, ingênua até, de enxergar tudo, inclusive o futuro de forma amena, tranquila. No tempo quente e seco de Goiânia, tínhamos sempre a chance de fechar o dia com uma "gelada", de bater um papo, fazer brincadeiras, de trocar idéias... E isso está ficando cada vez mais raro.

Não sei bem ao certo, mas parece que, para que acontecesse agora de novo da mesma forma, tudo exigiria uma certa dose de formalidade. Não vejo mais tanto sentido em ligar uns para os outros chamando pra "tomar uma", todo mundo junto. E toda essa formalidade necessária nos impede até de promover qualquer reencontro. Agora somos pessoas diferentes demais, cada um com uma rotina diferente, com ideais diferentes, objetivos diferentes...


Falo isso porque até andei pensando na hipótese de fazer uma "festa" ou um "churrasco" de cinco anos da formatura, mas não sei bem se valeria tanto a pena assim, não sei se todas as outras pessoas realmente se importam com isso, a ponto de, para elas, isso fazer alguma diferença na vida delas. Cada um está em seu mundinho (eu, inclusive). Ainda sinto carinho por todos, embora seja bem difícil expressar isso de forma frequente, e queria muito poder repetir, mesmo que "muito de vez em quando" aqueles churrascos "irresponsáveis" do 2º e 3º ano daquela época. Tudo mudou, muita gente até casou, e agora somos "pessoas-família".


Então, eu abraço a saudade. Levando, para sempre, essas boas lembranças de um tempo - que assim como uma infância bem vivida - nós sabemos, com certeza, não voltarão nunca mais.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Humano, demasiado humano - 014


113. O cristianismo como antiguidade.

" [...] Deveríamos crer que ainda se crê nessas coisas? "

1001 Discos - 0018


Sepultura
Roots
(1996)

Ordem e Progresso?

O álbum de hoje veio pra detonar. É isso aí. "VAMO DETONÁ ESSA PORRA, É, PORRA!!!". Que adolescente (da década de 90) não se identifica de bate-pronto com estes versos urrados por Max Cavalera na música "Ratamahatta"? No meu caso é instantâneo. Independentemente de se gostar ou não do estilo de música explorado pelo Sepultura, o legado que eles constituíram chegou ao seu ápice no álbum "Roots".

A banda dos irmãos Max e Igor Cavalera - juntamente com Andreas Kisser e o baixista Paulo Jr. - desde o seu início demonstrava que não iria fazer feio representando o Brasil no estilo trash metal mundo afora. Mas os três primeiros álbuns soam imaturos de alguma maneira. Estão mais ligados ao estilo hardcore, com uma menor liberdade criativa.

A partir do álbum "Arise" e "Chaos A. D." o Sepultura começava a demonstrar que realmente poderia incorporar novos elementos a um estilo de música que tradicionalmente é muito conservador. Porque, por incrível que pareça, o "heavy metal" em sentido genérico não é nada propenso às mudanças. O estilo pode ser agressivo, bem radical, mas a estrutura das músicas e das bandas em si são sempre as mesmas.

Foi aí que o Sepultura conseguiu inovar. A banda voltou às raízes genuinamente brasileiras e conseguiu incorporar isso ao som da banda de tal maneira que o resultado ficou espetacular. Na verdade, não seria nada absurdo considerar o "Roots" como um álbum à parte no cenário da música mundial e em relação ao próprio Sepultura.

Quando digo "voltar às raízes bem brasileiras" é pra se levar bem ao pé-da-letra mesmo. O álbum foi inspirado em uma temporada que a banda passou em convivência com a tribo Xavante. Isso contribuiu muito para que pelo menos parte da imensa riqueza cultural desses povos indígenas fosse difundida mundialmente. Mas não se enganem. Isso não foi meramente uma válvula de escape para a projeção do Sepultura fora do Brasil.

Antes mesmo do lançamento do "Roots" o Sepultura já desfrutava um grande prestígio internacional sendo uma das principais bandas do estilo, estando sempre presente nos principais festivais de metal do mundo. Uma evidência de que isso é verdade é a participação especial do badaladíssimo Mike Patton, do Faith no More, na faixa "Lookaway" do Roots. Essa parceria Patton-Sepultura já vinha de algum tempo mas foi nesse álbum que ela se consolidou de forma mais significativa.

Mas como, exatamente, a influência "Xavante" contribuiu para o enriquecimento musical do Roots? De inúmeras formas, mas sobretudo na área da percussão. A diversidade rítmica e percussiva desse álbum é enorme, além de ser algo totalmente sem precedentes ainda mais associado a um gênero de música pesada. Além disso, a música "Itsári" nos mostra toda a capacidade criativa da banda, toda sua coragem e ousadia.

O violão clássico acompanhando a tribo com a riquíssima percussão. É lindo e ao mesmo tempo parece mexer de verdade com todas as nossas bases, com tudo que acreditamos ser o nosso alicerce, enquanto brasileiros. Só assim podemos enxergar o quanto nós estamos formatados pela cultura ocidental, seja americanizada, seja a européia. Talvez esse disco seja um dos poucos - senão o único - dessa imensa lista que contenha esse elemento tão verdadeiramente "
tupiniquim". Na minha modesta opinião, acho que todos os brasileiros, TODOS, deveriam ter essa noção. Deveriam saber, deveriam sentir ne pele, pelo menos um pouco do gostinho que alguns desses elementos que estão contidos no disco nos oferecem, coisas que facilmente remontam à sua, à nossa origem, verdadeiramente nacional.

O disco pode assustar logo no início. Não é tão simples assim conseguir digerir logo de cara os urros de Max Cavalera em "Roots Bloody Roots". Mas se você se predispor a vibrar na mesma frequencia da banda não tem como não se arrepiar. A competência de todos os músicos é indiscutível. Igor Cavalera é impecável nesse álbum. As guitarras, na maioria com afinação baixíssima, também colaboram muito para dar ainda mais peso ao ambiente.

O berimbau na intro de "Attitude" mostra que há também influência da música baiana, do grupo Olodum, em algumas músicas. A mais significativa é a própria "Ratamahatta", já citada, que conta com participação do compositor Carlinhos Brown.

Das letras, pouco se pode entender nos vocais de Max Cavalera, mas os temas demonstram que a banda também não decepcionou nesse quesito. Mas, sem dúvida, é na música em si que eles conseguiram brilhar com mais intensidade.

O Sepultura demonstrou com enorme competência que os traços culturais do Brasil podem, sim, ter grande destaque internacional e ser motivo de orgulho para todos nós. Além de nos mostrar o quanto estamos regredindo com o nosso aparente "progresso".



Roots
Studio album by Sepultura

Released March 12, 1996
Recorded October-December 1995 at Indigo Ranch in Malibu, California
Genre Alternative metal
Length 72:09
Label Roadrunner
Producer Ross Robinson, Sepultura


Track listing
# "Title"

01 Roots Bloody Roots
02 Attitude
03 Cut-Throat
04 Ratamahatta
05 Breed Apart
06 Straighthate
07 Spit3
08 Lookaway
09 Dusted
10 Born Stubborn
11 Jasco
12 Itsari
13 Ambush
14 Endangered Species
15 Dictatorshit
16 Canyon Jam

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