http://www.makepovertyhistory.org Usina de Pensamentos: junho 2010

Criar, mudar, refinar o pensamento! Viver o sentimento e sentir o que é vivido! Enxergar as ilusões recolocar-se na realidade! Ter insights, sentir-se continuamente inspirado... Seja mais um operário na Usina de Pensamentos!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quais são seus livros prediletos?


Vamo lá, de cabeça, dos poucos que eu li até hoje...

Musashi (Yoshikawa)

Esse é um BAITA livro! Emocionante... Já pratiquei por um tempo as artes militares japonesas (kenjutsu, aikijujutsu, etc) e o livro foi um baita combutível! Sou fissurado nos filmes antigos do Kurosawa muito por conta desse livro que me iniciou no conhecimento da cultura japonesa mais tradicional...

Ensaio sobre a Cegueira (Saramago)

Li o livro pela primeira vez há quase dez anos, era ainda um moleque, e como não poderia ser diferente, o livro mexeu muito comigo... Hoje sou fã de carteirinha do Saramago, leio tudo que posso, dele e sobre ele... É triste pensar que nunca mais chegarei numa livraria pra comprar o NOVO lançamento do Saramago... :( Por outro lado, sua obra é vasta, acho que vou levar a vida inteira pra tentar compreender mesmo que uma parte ínfima...

Humano, demasiado humano (Nietzsche)

Poucos livros são capazes de transformar a sua maneira de ser, a sua personalidade. Foi o que aconteceu comigo depois de ler este e outros livros do grande pensador alemão. Vários livros dele se equivalem em qualidade, na minha opinião (Assim falava Zaratustra, Para além do bem e do mal, A Gaia Ciência, etc). Mas esse é mais direto. Vale a pena conhecer.

O Relojoeiro Cego (Dawkins)

Esse livro simboliza muito pra mim. Foi muito por conta dele que escolhi meu curso de graduação (biologia), o qual eu não exerço, mas sou muito grato, pois me deu uma base teórica muito boa... Pude desenvolver bons trabalhos e boas discussões na faculdade e tudo isso me ajudou a me tornar o que sou hoje.

O livro do desassossego (Pessoa)

Sempre fui fã de poesia. Mas confesso que nunca tive muito talento e paciência pra coisa. Preferia a poesia contida nas músicas. Quando eu descobri um livro do Fernando Pessoa escrito em prosa eu fiquei extasiado! Hoje compreendo porque o Pessoa talvez seja o maior escritor que já existiu em lingua portuguesa. Adoro seus textos, que nesse livro estão carregados de uma certa melancolia, uma certo desalento para com a vida. Ver tudo isso a partir de uma perspectiva tão bela quanto a da prosa do Pessoa é um prazer incomensurável...

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Brasil e a Copa do Mundo


Copa do mundo. Toda copa é a mesma coisa, mas a gente sempre estranha ver tudo parado em pleno dia da semana para ver futebol. Mas será que o brasileiro gosta mesmo de futebol desse jeito? A resposta é SIM. Poucos parariam aqui pra ver jogo de basquete ou uma partida de tênis. Obviamente isso não vale pra todos, mas o futebol já faz parte da cultura brasileira e isso é algo muito saudável. É importante trabalhar, cumprir carga horária, não deixar serviço acumular? SIM. E desde que haja algum tipo de planejamento, essas "folgas" durante a Copa são perfeitamente aceitáveis. E não deixa de ser importante que tenhamos, ao menos esporadicamente, essa ligação social como nação - algo que, convenhamos, naturalmente o brasileiro não possui - a não ser pelo futebol. Então, o que você acha de deixar de trabalhar (ou de fazer o que tiver que fazer) para ver a Copa do Mundo? Um absurdo? Algo natural? Lamentável? Inevitável?

Ou você simplesmente não se importa?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os ladrões da bola


ASSALTO!!! ROUBO!!! LADRÃO!!! LADRÃO!!!

Nos dois jogos de domingo, dois resultados "garfados" pelo juiz... Erros gravíssimos que decidiram a partida! E não é a primeira partida em que a Argentina é beneficiada por erro da arbitragem! Em TODOS os seus jogos nessa copa ela teve pelo menos um dos seus gols validado de maneira irregular...

Agora resta torcer pra Alemanha fazer justiça e tirar o time do Maradona pela porta dos fundos nessa copa. E depois torcer para que a força e garra dos uruguaios seja suficiente para desclassificar os alemães (também beneficiados com erro dos juízes!).

Foram dois bons jogos nesse domingo mas que pela atuação bizonha da arbitragem acabaram sendo manchados e transformaram o que poderia ser um belíssimo espetáculo em algo sem muita graça, "manipulado" e com cara de "teoria da conspiração" que sempre dá as caras nos tempos de copa do mundo...

Estou decepcionado, gosto de futebol, mas a manipulação externa, a "não-reparação" de um erro grave, transforma mesmo o maior espetáculo do mundo em algo patético. Eles exigem a construção de estádios faraônicos, para depois anular um gol legítimo em que a bola entrou quase meio metro dentro do gol ou entao validar um gol irregular em que o atacante estava praticamente TRÊS metros impedido... Há uma grande incoerência no mundo do futebol e não é isso que deixa o espetáculo mais bonito, pelo contrário, isso vai totalmente contra o "fair-play" que a FIFA tanto prega, ou só eles não perceberam isso?

E vejam bem, a CULPA não é necessariamente dos juízes dentro de campo. A princípio, eles são obrigados a apitar dentro de campo de acordo com a convicção do que conseguiram ver do lance... Mas eles assumem toda a resposabilidade caso deixem passar um erro grosseiro por suas próprias limitações dentro de campo. E as 32 câmeras de alta definição dentro de campo não perdoam! Esse flagrante anacronismo está corroendo o futebol...

"Pelo bem do jogo", como diz o próprio slogan da entidade, já passou da hora da FIFA rever a decisão de não usar recursos tecnológicos para auxiliar a arbitragem... Decisão retrógrada e que envenena o espírito esportivo!

sábado, 26 de junho de 2010

#27 (and counting...)


Já estive bem
E já estive mal
Minha cabeça nas nuvens e
Minhas mãos no chão
Nos braços de uma mulher
Eu encontrei o caminho de casa
Nos braços de uma mulher
Estive perdido

Quando estiver tão perdido
Que esta perda
se pareça como morrer
Espero que você esteja ao meu lado
Quando estiver tão perdido
Que esta perda
se pareça como morrer
Espero que você esteja ao meu lado

Quando jovem eu tinha medo
Da minha vida o que eu faria?
Eu faria amor? O que eu odiaria?
Que caminho contraditório
Escolheria para me levar até a cova?

E se eu ficar velho
Até que essa velhice estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado
Sim, se eu ficar velho até
Que essa velhice estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado

Estou cansado de você
E estou cansado de mim
Estou cansado da guerra
E estou cansado da paz
Estou cansado de som
Assim como estou cansado de silêncio
Me canso da escuridão
Até ficar cansado de luz

Quando estiver tão doente
Que essa doença estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado
Sim, quando estiver tão doente
Que essa doença estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado
Espero que você esteja ao meu lado

Oh, senhor
Eu fiquei de joelhos
E rezei
Eu acredito e
Ficarei aqui
Mas não te quero
Não te quero vivo

Uma vez quando garoto
Eu vi o que aconteceu
Vi eles o espancarem
No chão frio, frio
Assisti aqueles caras grandões
Espancarem aquele homem
E era fraco demais
Fraco demais para tomar uma atitude

Quando estiver tão fraco
Que essa fraqueza
Estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado
Quando estiver tão fraco
Que essa fraqueza
Estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado

Se eu ficar velho
Até que essa velhice
se pareça como morrer
Espero que você esteja ao meu lado

Então vou viver como achar melhor
Haverá aqueles
Que não gostarão
Mas nos braços de uma mulher
Encontrei meu caminho para casa
Então para os braços da minha mulher
Eu sempre irei

E se eu ficar velho
Até que essa velhice estiver me matando
Espero que você esteja ao meu lado

E se eu ficar velho
Até que essa velhice estiver me matando...

(DMB)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dia Sem Futebol


Espanha e Chile


Mais um jogo de dois times "bunda-mole"!!!

Tomara que VAZEM, como sempre foi, nas oitavas... A Espanha mais uma vez, chega só com grife!!!

Bando de jogadorzinho que pensa que Copa do mundo é desfile de moda... Vai si ferrá!! Futebol é coisa de macho, porra!!! Tão se inspirando no craque Richarlysson???

Timinho que só tem fama. Se apertar ela entrega! Oitavas de final já tá de ótimo tamanho pro futebolzinho dessa espanha aí...

Com o Chile a mesma coisa. A diferença é que o time do Chile nem grife tem... Mas se o Brasil sonhar em jogar como foi hoje de manhã não ganha nem do Zimbábue... Então os chilenos ainda podem sonhar!

E a Suiça, hein?! Foi fazer turismo pelos estádios da África? Vem conhecer o Serra Dourada aqui também, é mó legal!!!

Poutz... Que revolta!!!

Hoje a pobre Jabulani foi espancada! E, não, ela não tem culpa de nada!

Vamos esperar pra ver se o mata-mata das oitavas traz alguma novidade pra essa Copa!

Zero a Zero


Jogo horrivel esse Brasil e Portugal...

Vergonha!

Eu quero ver futebol, se perder é do jogo! To nem aí se é seleção brasileira ou não! Eu gosto de ver jogo de time que não tem medo de jogar... O Brasil demonstrou isso hoje... Jogadores "importantes" se escondendo da bola...

O Dunga mostrou hoje que é um péssimo técnico: convocou mal os jogadores, escalou mal no início do jogo e mexeu mal no time.... Esculachou tudo que podia e o que não podia, mas mesmo assim o time de Portugal teve medo e não quis fazer o gol.

Pra sorte e felicidade do Dunga... Tá rindo do quê?

Isso aí não é seleção brasileira, não!!!
É a seleção DO DUNGA!!! Teje dito!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Idiot, slow down


The Tourist - (Radiohead)

It barks at no one else but me,
Like it's seen a ghost.
I guess it's seen the sparks a-flowing,
Nno one else would know.

Hey man, slow down, slow down,
Idiot, slow down, slow down.

Sometimes I get overcharged,
That's when you see sparks.
They ask me where the hell I'm going
At a thousand feet per second,

Hey man, slow down, slow down,
Idiot, slow down, slow down.

Hey man, slow down, slow down,
Idiot, slow down, slow down.


A nova Era Dunga: o fim do besteirol esportivo



Texto de Leandro Fortes

Foi na Copa do Mundo de 1986, no México, com Fernando Vanucci, então apresentador da TV Globo, que a cobertura esportiva brasileira abandonou qualquer traço de jornalismo para se transformar num evento circense, onde a palhaçada, o clichê e o trocadilho infame substituíram a informação, ou pelo menos a tornaram um elemento periférico. Vanucci, simpático e bonachão, criou um mote ("alô você!") para tornar leve e informal a comunicação nos programas esportivos da Globo, mas acabou por contaminar, involuntariamente, todas as gerações seguintes de jornalistas com a falsa percepção de que a reportagem esportiva é, basicamente, um encadeamento de gracinhas televisivas a serem adaptadas às demais linguagens jornalísticas, a partir do pressuposto de que o consumidor de informações de esporte é, basicamente, um retardado mental.

Por diversas razões, Vanucci deixou a Globo, mas a Globo nunca mais abandonou o estilo unidunitê-salamê-minguê nas suas coberturas esportivas, povoadas por sorridentes repórteres de camisa pólo colorida. Aliás, para ser justo, não só a Globo. Todas as demais emissoras adotaram o mesmo estilo, com igual ou menor competência, dali para frente.

Passados quase 25 anos, o estilo burlesco de se cobrir esporte no Brasil passou a ser uma regra, quando não uma doutrina, apoiado na tese de que, ao contrário das demais áreas de interesse humano, esporte é apenas uma brincadeira, no fim das contas. Pode ser, quando se fala de handebol, tênis de mesa e salto ornamental, mas não de futebol. O futebol, dentro e fora do país, mobiliza imensos contingentes populacionais e está baseado num fluxo de negócios que envolve, no todo, bilhões de reais. Ao lado de seu caráter lúdico, caminha uma identidade cultural que, no nosso caso, confundi-se com a própria identidade nacional, a ponto de somente ele, o futebol, em tempos de copa, conseguir agregar à sociedade brasileira um genuíno caráter patriótico. Basta ver os carros cobertos de bandeiras no capô e de bandeirolas nas janelas.

É o momento em que mesmos os ricos, sempre tão envergonhados dos maus modos da brasilidade, passam a ostentar em seus carrões importados e caminhonetes motor 10.0 esse orgulho verde-e-amarelo de ocasião. Não é pouca coisa, portanto.

Na Copa de 2006, na Alemanha, essa encenação jornalística chegou ao ápice em torno da idolatria forçada em torno da seleção brasileira penta campeã do mundo, então comandada pelo gentil Carlos Alberto Parreira. Naquela copa, a dominação da TV Globo sobre o evento e o time chegou ao paroxismo. A área de concentração da seleção tornou-se uma espécie de playground particular dos serelepes repórteres globais, lá comandados pela esfuziante Fátima Bernardes, a produzir pequenos reality shows de dentro do ônibus do escrete canarinho. Na época, os repórteres da Globo eram obrigados a entrar ao vivo com um sorriso hiperplastificado no rosto, com o qual ficavam paralisados na tela, como em uma overdose de botox, durante aqueles segundos infindáveis de atraso de sinal que separam as transmissões intercontinentais.

Quatro anos antes, Fátima Bernardes havia conquistado espaço semelhante na bem sucedida seleção de Felipão. Sob os olhos fraternais do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi eleita a musa dos jogadores, na Copa de 2002, no Japão. Dentro do ônibus da seleção. Alguém se lembra disso? Eu e a Globo lembramos, está aqui.

O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos.

Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado. Esse estado de coisas, ao invés de se tornar um aprendizado, gerou uma reação rançosa e desproporcional, bem ao estilo dos meninos mimados que só jogam porque são donos da bola. Assim, o sorriso plástico dos repórteres e apresentadores se transformou em carranca e, as gracinhas, em um patético editorial.

Dunga será demitido da seleção, vença ou perca o mundial. Os interesses comerciais da TV Globo e da CBF estão, é claro, muito acima de sua rabugice fronteiriça e de sua saudável disposição de não se submeter à vontade de jornalistas acostumados a abrir caminho com um crachá na mão. Mas poderá nos deixar de herança o fim de uma era medíocre da crônica esportiva, agora defrontada com um fenômeno com o qual ela pensava não mais ter que se debater: o jornalismo.

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Poucas vezes li um texto falando sobre esse tema de forma tão agressiva, mas com tanta coerência, quanto esse artigo do colunista da Carta Capital. Eu sei, eles são a oposição, blablabla... No fim das contas ninguém é inocente e todo mundo quer mesmo é chamar a atenção para o seu meio de comunicação.
Enfim, independentemente da politicagem que envolve o jornalismo esportivo, eu gostei desse texto e pra quem está acompanhando a Copa ele ajuda a esclarecer muita coisa também.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fade Out Again


Street Spirit (Fade Out)

Rows of houses all bearing down on me
I can feel their blue hands touching me
All these things into position
All these things we'll one day swallow whole
And fade out again and fade out

This machine will not communicate
These thoughts and the strain I am under
Be a world child, form a circle
Before we all go under
And fade out again and fade out again

Cracked eggs, dead birds
Scream as they fight for life
I can feel death, can see it's beady eyes
All these things into position
All these things we'll one day swallow whole
And fade out again and fade out again

Immerse your soul in love
Immerse your soul in love


(Radiohead)

sábado, 19 de junho de 2010

...por isso há tanta gente que não o entende...

Saramago por Pilar


José Saramago, por Pilar:

"Saramago é um ser excepcional,
a sua dimensão é distinta
e o seu perfil não é o habitual,

por isso há tanta gente que não o entende"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Caminho de Salomão





Em Junho de 2009, a Fundação José Saramago percorreu "O Caminho de Salomão", um percurso concebido por José Saramago a partir do seu livro "A Viagem do Elefante".
O filme que aqui fica, dividido em duas partes, mostra essa viagem e aponta o rumo para que outros percorram este "Caminho de Salomão".
O filme foi realizado por Miguel Gonçalves Mendes. A produção é da JumpCut.

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Bela produção! Destaque para o acerto na escolha das trilhas sonoras... Fantástico!!!

José & Pilar - O Retrato de uma Relação


Imperdível!!!




"José & Pilar" retrata a relação de José Saramago (prémio Nobel da literatura, português) e Pilar Del Rio (jornalista espanhola).

Baseado no registo do seu dia a dia em Lanzarote, a sua casa, e nas suas viagens de trabalho pelo mundo este filme ambiciona ser um retrato intimista do casal.

"José & Pilar" tem como ponto de partida o processo de criação, produção e promoção do romance A viagem do elefante.

A ficção deste romance, ao longo do documentário, irá funcionar como metáfora do percurso do próprio Saramago desde o momento inicial da construção da história em Lanzarote (2006) até o lançamento do livro no Brasil (2008). Desta maneira, a dura e custosa viagem do elefante, entre a corte de D. João III em Lisboa e a corte do arquiduque Maximiliano na Áustria, irá refletir a própria jornada do autor durante o processo de criação deste livro.


NÃO PERCA!!!

No segundo semestre de 2010...

Mais informações: http://www.jumpcut.pt/

Pensar, pensar


Pensar, pensar

Junho 18, 2010 por Fundação José Saramago

Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma.

Retirado de:
http://caderno.josesaramago.org/

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Em destaque, a brilhante, BRILHANTE, matéria do jornal da globo, ainda em 2007, sobre o lugar onde Saramago escolheu para viver, e morrer.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM679366-7823-JOSE+SARAMAGO+PRIMEIRA+PARTE,00.html

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM679826-7823-JOSE+SARAMAGO+SEGUNDA+PARTE,00.html

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"Não tenho medo... O pior que a morte tem, é que, antes estavas, agora já não estás..."

J. Saramago

A Morte de um Imortal


Morreu hoje o velho Saramago...
Devia estar quetinho,
se preparando para este momento...

Muito obrigado Saramago!
Suas obras muito me iluminaram...

Fique em paz, bom velhinho!

De quem apreciará as suas obras
até o fim da própria vida,

Gabriel

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O homem que sabe jogar com os outros


José Mourinho tem a grande qualidade de ser exactamente como se imagina.
Não engana ninguém.
Não tem paciência para fingimentos. Tem pressa.

É rápido. É pensativo. Fala bem. Tem jeito.

Entrevista por Miguel Esteves Cardoso
Fotos Kenton Thatcher, Milão - Itália


Entrevista na íntegra em www.espiraldotempo.com

(Link aqui ó)


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Achei por acaso essa entrevista do José Mourinho. Demonstra ser mesmo um sujeito inteligentíssimo. Ganha o que ganha, não é à toa. Soube explorar muito bem o mercado da bola a seu favor, soube influenciar dirigentes poderosos e hoje está na posição que está, e é um modelo de liderança eficaz. Aficcionado por relógios, ele deu essa entrevista para uma revista portuguesa de atualidade relojoeira. Revista muito boa por sinal, mesmo não sendo especificamente da área futebolística. Quem puder, vale a pena investir alguns minutos e ler. Ele fala sobre a realidade do futebol inglês, sobre os jogadores brasileiros (os mais difíceis de se lidar, na opinião dele), sobre como chegou onde está além de outros assuntos, às vezes com um humor peculiar, típico de quem tem um nível intelectual acima da média. Quer compreender melhor como isso se dá e o que isso significa? Leia, então, a entrevista!

Morumbi fora da Copa


Queria escrever um post sobre o que acho desse assunto. Mas a indisponibilidade de tempo para uma maior pesquisa e o fato de eu ter achado um texto muito bom sobre o assunto me fizeram repensar o que fazer...

Então, antes de qualquer coisa, vale a pena uma lida no texto do blogueiro Emerson Gonçalves:

Morumbi fora da Copa: uma derrota para pensar

Depois darei alguns pitacos pessoais sobre esse tema...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

why evolution sucks

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Resumo da Copa - nº1


Tirando as seleções favoritas, todos os outros times estão entrando em campo pensando em empatar. Claro que se der pra ganhar, ótimo e todas vão ter de arriscar um pouco porque senão literalmente não tem futebol. Mas o nível dos jogos até agora está muito aquém do esperado pra uma Copa do Mundo. Por que será?

Tudo bem, é primeira rodada, estreia, os times estão se entrosando e tudo mais. Mas a tendência dos jogos têm sido essa: os dois times entram em campo equilibrados até que alguma seleção "ache" o gol. Não há uma construção mais "ativa" de jogadas. Vejam: até agora, a maioria dos gols dessa copa nasceram de falhas bizonhas de defensores e goleiros. Claro que isso faz parte do jogo e o que importa no final das contas é o resultado. Mas será que não está na hora de arejar um pouco essa ideia de futebol estritamente defensivo? Parece até que o sucesso da Inter de Milão na Champions League fez muito mal à "jurisprudência" tática do futebol. Até porque todos os times que jogaram à "imagem e semelhança" do ex-time do Mourinho obtiveram êxito no placar, mas foram jogos chatos de se assistir e tecnicamente fraquíssimos, com poucos chutes a gol.

Além disso, pra piorar as coisas, a bola da copa - a tal Jabulani - parece mesmo não aceitar os chutes de fora da área, já que todas as tentativas saem por cima, muito longe do gol. Os erros de lançamento têm sido mais frequentes do que o normal também. Parece ser claro que há mesmo alguma interferência pelas características da bola no jogo em si. Consequentemente, os espectadores que esperavam ver um jogo que fosse pelo menos bem disputado, com algumas emoções e alguns arremates a gol têm visto jogos fraquíssimos. A maioria dos times joga correndo poucos riscos, somente postado na defesa e na base do chutão pra frente. Do outro lado fica muito difícil penetrar em uma defesa composta por até nove homens num espaço de 30 metros do campo.

Enfim, até aqui uma Copa sem gols bonitos, sem grandes dribles e chutes de fora da área, sem real encantamento, uma copa sem-graça (futebolisticamente falando).


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Sobre a Jabulani acabei posteriormente me deparando com a brilhante coluna do Gustavo Poli do GE.com (com um título não menos fantástico):

A insustentável leveza da bola

Vale a pena dar uma lida!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Estrangeiro



Porque depois de ler esse livro

não há outro sentimento
que seja mais absurdo
do que a perplexidade!
Estranhamente aliada à satisfação
de se ter lido
uma narrativa de qualidade ímpar.
Todo mundo tem um pouco de Mersault,
mas em algumas pessoas,
os seus atributos são tão nítidos,
tão evidentes,

que o texto,
ao mesmo tempo que condena,

também liberta...

Cada um é responsável por si,

e apenas por si,
e por mais que isso pareça egoísta,
retruca-se dizendo
que egoísmo maior,

é querer
e até exigir,

que os outros se importem contigo...

Não é um raciocínio trivial,

e talvez até por isso
poucos consigam

e tenham a coragem de viver
almejando um grau pleno de liberdade!

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E hoje o dia está branco demais...
Meus olhos ardem
e eu não consigo pensar direito...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Entrevista com Martin Seligman


O Doutor Felicidade

Um dos expoentes da psicologia
positiva, o autor americano diz
quais são os caminhos para alcançar
o extraordinário mundo das pessoas felizes

A influência das emoções sobre a saúde intriga os médicos desde a Antiguidade. A maior parte dos tratados e pesquisas investiga os efeitos deletérios dos sentimentos negativos, como a tristeza, a angústia e a raiva. Há cerca de vinte anos, no entanto, psicólogos e psiquiatras inauguraram uma nova corrente, a "psicologia positiva", que visa a determinar o peso das emoções boas no equilíbrio físico e mental. Um dos principais representantes desse movimento é o psicólogo Martin Seligman, de 61 anos, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Seligman, que por quase trinta anos lidou com pacientes deprimidos, resolveu inverter o curso de seus estudos. Em vez de se dedicar a entender as fraquezas humanas, ele buscou respostas para compreender quais são as raízes da felicidade. "Sabia-se muito a respeito da depressão, mas quase nada sobre a essência comum das pessoas felizes", diz. Seus críticos argumentam que os termos da psicologia positiva são muito vagos e superficiais. Pode ser. Mas o fato é que, com suas idéias, Martin Seligman, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, tornou-se um autor best-seller. Em seu novo livro, Felicidade Autêntica (Editora Objetiva), recém-lançado no Brasil, ele propõe que a conquista da felicidade seja um exercício diário, feito com gentileza, originalidade, humor, otimismo e generosidade.

Veja – É possível medir o grau de felicidade de uma pessoa?
Seligman – Sim, se estivermos falando de prazeres como sexo, chocolate e compras. Nesses casos, cada um sabe o que o faz mais feliz. Mas já fica mais difícil medir o grau da felicidade existencial, por assim dizer. O que dá para perceber é que há características comuns às pessoas que consideramos felizes. Elas são, por exemplo, mais queridas pelos outros. Também tendem a ser mais tolerantes e criativas. As pessoas felizes têm em comum, ainda, hábitos de vida mais saudáveis, pressão arterial mais baixa e sistema imunológico mais ativo que as infelizes.

Veja – Por que o senhor resolveu enfocar a felicidade, e não a infelicidade, como fazem quase todos os psicólogos?
Seligman – A psicologia convencional nasceu para tentar entender o que torna alguém neurótico, deprimido, ansioso, de mal com o mundo. Durante mais de duas décadas dediquei-me a esse tipo de estudo. Mas, depois de anos nessa toada, achei melhor procurar compreender o que faz alguém feliz. Inclusive para indicar alguns caminhos para os infelizes. Descobri que homens e mulheres satisfeitos têm uma vida social mais rica e produtiva. Os muito felizes passam o mínimo de tempo sozinhos e mantêm ótimos relacionamentos. Cultivam mais as amizades e permanecem casados por mais tempo.

Veja – Os mais felizes vivem mais?
Seligman – O estudo mais notável feito até hoje sobre felicidade e longevidade analisou o cotidiano de 180 freiras. Todas tinham a mesma dieta, leve e balanceada, e estavam livres, é claro, de drogas, álcool e cigarro. Como também convém a freiras, elas não eram suscetíveis a doenças sexualmente transmissíveis. Pois bem, mesmo assim, foi constatada uma diferença sensível de longevidade entre as mais e as menos alegres. Entre as primeiras, 90% ultrapassaram os 80 anos. Do outro grupo, apenas 34% chegaram a essa idade.

Veja – Dinheiro traz felicidade?
Seligman – É evidente que uma situação financeira confortável ajuda. Mas é um erro pensar que, quanto mais dinheiro, mais satisfação. Especialmente se, para consegui-lo, se sacrificam outros aspectos. Trabalhar seis fins de semana seguidos para conseguir um salário maior, à custa de menos lazer e menos tempo com os filhos, não faz ninguém mais feliz. Uma pesquisa baseada na lista elaborada pela revista Forbes das 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos constatou que, na média, elas não são mais felizes que as de classe média. A riqueza tem uma correlação surpreendentemente baixa com o nível de felicidade. Os ricos são, em geral, só um pouco mais felizes que os pobres. Nos Estados Unidos, enquanto a renda aumentou 16% nos últimos trinta anos, o número de indivíduos que se consideram muito felizes caiu de 36% para 29%.

Veja – Mas existem estudos que associam a felicidade ao poder de compra.
Seligman – É verdade que países muito pobres, como Bangladesh, por exemplo, têm, na média, menos pessoas felizes que países como os Estados Unidos. Uma pesquisa realizada recentemente abordou um universo de mais de 1 000 pessoas em quarenta países. Os responsáveis cruzaram o nível de satisfação pessoal com o poder de compra correspondente a cada lugar. O resultado trouxe obviedades e surpresas. Numa escala de 10 pontos, a nação de pessoas mais felizes e satisfeitas é a Suíça. Os Estados Unidos estão em sexto lugar. Já o Brasil aparece num surpreendente décimo lugar, à frente da Itália, um país rico, onde as pessoas têm um poder de compra quase quatro vezes maior. Isso significa que os brasileiros têm particularidades que contrariam a crença de que felicidade está necessariamente associada a mais dinheiro.

Veja – Há pessoas que costumam dizer "eu não sou feliz, eu estou feliz". Isso faz sentido?
Seligman – Esse é o tipo de consideração que vale para quem pauta a vida pela quantidade de prazer imediato que consegue ter. É uma vida baseada exclusivamente no humor – e o humor tem altos e baixos. Uma felicidade mais plena sobrevive a esse tipo de montanha-russa.

Veja – É inegável, contudo, que existe a felicidade momentânea.
Seligman – Sim, e ela pode ser aumentada por meio de artifícios como um chocolate, um bom filme, uma roupa nova, flores ou uma boa massagem. Mas não é preciso ser um estudioso do assunto para verificar que coisas boas e realizações importantes incrementam a felicidade apenas temporariamente. Acredita-se que em menos de três meses eventos importantes como uma promoção perdem o impacto. O grande desafio é manter o nível constante de felicidade. A psicologia tenta estabelecer se cada um de nós tem um limite próprio para a felicidade – um limite herdado geneticamente e para o qual invariavelmente voltamos, por obra de um termostato interno. Você me perguntou sobre a relação entre felicidade e dinheiro. Pois bem, um estudo feito com ganhadores de gordos prêmios de loteria revelou que, passada a euforia causada pela entrada de uma grande soma de dólares, todos retornaram a seu nível básico de felicidade. A boa notícia é que mesmo depois de um evento muito triste esse termostato também nos tira da infelicidade e nos leva de volta ao patamar anterior.

Veja – Muitas pessoas têm tudo para ser felizes e não o são. Como explicar isso?
Seligman – Depois de acumular bens materiais e realizações, muitos tendem a esquecer que tudo aquilo foi fruto de conquistas nem sempre fáceis. Passam a encarar o status e o conforto que alcançaram como se fosse um dado da natureza, por assim dizer. Com isso, começam a ficar insatisfeitos e a querer sempre mais. É claro que tal atitude causa frustração. Por esse motivo, lidar com a felicidade pode ser tão difícil quanto enfrentar a infelicidade.

Veja – Alguém que teve uma infância marcada por acontecimentos muito infelizes pode se tornar um adulto feliz?
Seligman – Para Sigmund Freud, o pai da psicanálise, a infância determina a personalidade adulta. Na minha opinião, há uma certa dose de exagero nessa visão. Superestima-se o passado. Não há evidências suficientes de que acontecimentos traumáticos experimentados pela criança, como a separação dos pais ou a morte de parentes próximos, interfiram sempre a ponto de comprometer suas potencialidades. Acho que, se você se vê forçado pelo passado a trilhar o caminho rumo à infelicidade, tem todo o direito de esquecê-lo, sem que se sinta obrigado a ficar revolvendo ocorrências longínquas no tempo e no espaço.

Veja – Os mais bonitos são mais felizes?
Seligman – A beleza física certamente traz vantagens adicionais. Mas o fato é que a boa aparência exerce um efeito muito pequeno sobre a felicidade. Marilyn Monroe, para ficar num exemplo óbvio, era bela e profundamente infeliz.

Veja – Quais são os ingredientes de um relacionamento feliz?
Seligman – Não existe uma receita propriamente dita. Em meus estudos, descobri coisas inusitadas sobre os relacionamentos. Um dos exercícios que costumo aplicar é separar um casal e fazer com que cada um dê sua opinião sobre o outro. Depois, os resultados são comparados com a avaliação de pessoas próximas, como parentes e amigos. Quanto maior a discrepância da opinião do parceiro amoroso em relação à imagem social e familiar do outro, maior é a ilusão que existe entre eles. E, quanto maior essa ilusão, mais feliz e estável é o relacionamento. Homens e mulheres casados e satisfeitos vêem virtudes nos seus cônjuges que nem os amigos mais próximos conseguem enxergar. Hoje, muitos terapeutas de casais se dedicam a fazer com que casamentos marcados por brigas se transformem em uniões toleráveis. Eu prefiro transformar bons casamentos em uniões excelentes.

Veja – Os casados são mais felizes que os solteiros?
Seligman – Sim, o casamento está intimamente ligado à felicidade. Uma pesquisa nos Estados Unidos ouviu 35 000 pessoas nos últimos trinta anos. Dessas, 40% das casadas se disseram muito felizes, contra apenas 24% das solteiras, viúvas e separadas. A vantagem para os casados parece estar ligada ao fato de que eles se sentem mais amparados. Existem, no entanto, duas outras explicações para essa diferença de porcentagem, que antecedem o casamento em si: as pessoas felizes são mais predispostas a se casar e a manter o relacionamento. Os deprimidos tendem a ser mais retraídos, irritáveis e voltados para si, o que os torna menos interessantes.

Veja – As mulheres sofrem duas vezes mais de depressão que os homens. Elas são mais infelizes que eles?
Seligman – As mulheres são mais deprimidas, mas, curiosamente, também experimentam mais emoções positivas que os homens. Talvez isso se deva em parte à biologia e em parte à disposição feminina de falar mais abertamente de suas emoções – o que pode ser considerado um dado cultural.

Veja – Os velhos tendem a ser mais infelizes?
Seligman – Até a década de 60, acreditava-se que a felicidade estava associada à juventude e também a um bom nível de instrução. Essa idéia foi negada pela experiência. Velhos que tiveram uma boa vida dificilmente encontram motivos para ser infelizes – e pessoas menos cultas podem achar a felicidade dentro de suas possibilidades. Como digo no meu livro, embora o nível de instrução seja um dos melhores meios para aumentar os rendimentos, ele não é necessariamente causa de aumento da felicidade. A inteligência também não influencia a felicidade, seja para mais, seja para menos.

Veja – E os religiosos?
Seligman – Quem pratica uma religião é claramente menos predisposto a usar drogas, a se divorciar e a cometer crimes e suicídio. Costuma ser também mais saudável e viver mais. A relação direta entre fé religiosa e esperança no futuro acaba por afugentar o desespero e aumentar a felicidade. Mas essa não é, evidentemente, uma receita para todo mundo.

Veja – O número maior de deprimidos no mundo não seria proporcional ao aumento do número de pessoas que buscam uma felicidade que simplesmente não existe?
Seligman – A depressão é dez vezes mais freqüente hoje do que era em 1960. Ela também ataca cada vez mais cedo. Acredito que o que aconteceu foi um excesso de confiança nos atalhos que prometem a felicidade imediata: drogas, consumismo e sexo casual, entre outros exemplos. Tudo isso é fruto do narcisismo. E o narcisismo pode levar à depressão. Preocupar-se demais consigo próprio só faz intensificar tendências depressivas. Os profissionais da auto-ajuda vivem apregoando que todo mundo deve "entrar em contato com seus sentimentos". Ora, há limite para isso. Talvez fôssemos mais felizes se nos preocupássemos mais com o outro.

Veja – Hoje em dia, até mesmo pela eficácia dos tratamentos dos transtornos mentais, não existiria uma espécie de obrigação social de ser feliz?
Seligman – A felicidade não deve ser vista como uma meta obrigatória, embora seja natural querer ser feliz. O fato de haver tratamentos mais eficazes contribui para o alívio de certos tipos de infelicidade, mas eles não são garantia de que o mundo será um mar de rosas. Muito da felicidade que encontramos na vida é efeito colateral daquilo que fazemos. Por exemplo, diversos casais me procuram porque querem restabelecer a intimidade com seus parceiros. Essa intimidade, contudo, não se consegue por meio de remédios ou algo que o valha. Ela é conseqüência de uma mudança de atitude. Um casal feliz faz coisas positivas junto, de maneira espontânea, sem se preocupar se aquilo será motivo de felicidade ou não.

Veja – É possível ensinar alguém a ser feliz?
Seligman – É justamente esse o objetivo do meu trabalho: ensinar as pessoas a ser felizes e como intensificar essa felicidade. A mais agradável das tarefas de um pai – e eu diria que é até a principal – é desenvolver os traços positivos em seus filhos, em vez de apenas tentar apagar os negativos. É isso que garante às crianças os recursos para que se tornem adultos produtivos, equilibrados e satisfeitos. Felizes, enfim.


Retirada daqui ó.


É da Veja? É.

"So What?"

Leia e
tire algum proveito,
se puder!

"Have Fun!"

terça-feira, 8 de junho de 2010

Remember This


"We do not remember days; we remember moments."

but I'm saying nothing with feel









Anesthetize
(Porcupine Tree)

A good impression of myself
Not much to conceal
I'm saying nothing
But I'm saying nothing with feel

I simply am not here
No way I...
Shut up, be happy
Stop whining please

Because of who we are
We react in mock surprise
The cure's off, there must be more
So don't breathe here,
Don't leave your bags

I simply am not here
No way I...
Shut up, be happy
Stop whining please

The dust in my soul
Makes me feel the weight in my legs
My head in the clouds
And I'm zoning out

I'm watching TV
But I find it hard to stay conscious
I'm totally bored
But I can't switch off

Only apathy from the pills in me
It's all in me, all in you
Electricity from the pills in me
It's all in me, all in you
Only MTV, cod philosophy

We're lost in the mall
Shuffling through the stores like zombies
What is the point?
What can money buy?

My hand's on a gun
And I find the range, God tempt me
What did you say?
Think I'm passing out

[x2]
Only apathy from the pills in me
It's all in me, all in you
Electricity from the pills in me
It's all in me, all in you
Only MTV, cult philosophy

Water so warm that day (water so warm that day)
I counted out the waves (I counted out the waves)
As they broke into shore
I smiled into the sun

The water so warm that day
I was counting out the waves
And I followed their short life
As they broke on the shoreline
I could see you
But I couldn't hear you

You were holding your hat in the breeze
Turning away from me in this moment
You were stolen as black across the sun

Water so warm that day (water so warm that day)
I counted out the waves (I counted out the waves)
As they broke into shore (as they broke into shore)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Take Care Of...

sábado, 5 de junho de 2010

if the whole world decided to follow you...







Lyrics:

Yeah, I mean, I know. It's a scary thought though. Well not really scary but sometimes
Something that's mind opening can appear scary.
I don't know, I just think we should all just sit down and think, even if we just think just
A little bit, um, the answers will probably all show up.

(Where would u lead them? Think about that. If the whole world decided to follow U.)

Yeah, absolutely. But before we can think about leading anybody, I think we should think about where we're leading ourselves. (Think about that.)

No, I know what u mean. It's not a job I would want, trying to lead anybody. I mean, I have trouble leading myself. (Where would u lead them?)

But if I had to lead anybody anywhere I think I would, I'd probably just try to lead them back to themselves.
Yeah, because, the self is not a place that u can lead anyone. Everybody would have to find their own way, and then the leading job would be over for me. I like that.

Yeah, but when we're first born, u know, we're our own person but soon after, u know, when we start to learn and we learn from our parents and we start to go to school, we really, quickly start to get away from ourselves.

I mean, u can't really go through any structured teaching, uh, learning establishment with your own ideas. U know, u're always taught to fit in. But what are we fitting into?
U know, don't color outside the lines. Who drew the lines in the first place. I don't know
(Think about that!)

Right. That makes sense. Yeah, but I've spent my whole life trying to be in control of myself. But I dislike any one or any situation that tries to control me.
So, check this out. My trying to control myself just causes me to dislike myself. I'm finally understanding it.
I should just let me be. That's what I ask everybody else to do.

Right, yeah exactly, yeah, the act of trying to control something usually means that there's something wrong with it, and so that means we have to control it obviously.
To control something usually means taking its freedom away. So why would I spend a life fighting for freedom, just so I can take it away. Um, In the name of control.

(If the whole world decided today, to follow u. where would u lead them? Think about that)

Vibrations? Yeah, it's actually pretty simple. The thing is nothing ever stops vibrating.
Scientists know that, I mean they'll tell u that everything is a vibration. Right, yeah.
I mean, things vibrate faster they may appear as light, slower it may appear as something solid or something like that. But even thoughts are vibrations.

But the key here is that nothing ever stops vibrating, ever.
So check it out. Everything that ever vibrated is still vibrating. Everything that ever was still is. That's cool.

Yeah, me too. It's really makes me want to pay attention to the vibrations that I'm putting out there.
"Cause do they ever go away? (Think about that!)

(If the whole world decided to follow u…)

OK, Yeah, It's been fun.

(…Where would u lead them?)

I love u too, Bye Bye.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

porque existe esperança


Já que o futebol é o assunto em voga, algo que DEVERIA ser destaque é a atitude de Juninho Pernambucano em relação ao Vasco, publicada recentemente...

Bom, pra que eu não precise ficar explicando em muitos detalhes, sugiro que quem puder leia essa bela reportagem que foi veiculada pelo site do GE.com:

Juninho Pernambucano acha que não tem condições de voltar ao Vasco

Meia acredita que fisicamente não aguentaria uma temporada no Brasil e que clube carioca pagaria muito caro para ter pouco retorno

=======================

Uma belíssima demonstração de respeito pela camisa que já vestiu e também de sensibilidade em relação ao momento de sua carreira. Algo muito, muito raro de se ver hoje em dia nesse mundo maluco do futebol. Convenhamos que ganhando praticamente a mesma grana, seria muito mais fácil viver no Rio do que nas Arábias. Mas ele demonstrou ter consciência de que não poderia arcar com essa responsabilidade. Por essas e por outras que acho, às vezes, que é possivel acreditar um pouco no futebol. Há poucos jogadores inteligentes atuando no futebol hoje. Juninho Pernambucano é um deles.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Be Free


RISK (Author unknown)

To laugh is to risk appearing the fool.
To weep is to risk appearing sentimental.
To reach out to others is to risk involvement.
To expose feelings is to risk exposing your true self.
To place your ideas, your dreams before a crowd is to risk their loss.
To love is to risk not being loved in return.
To live is to risk dying.
To hope is to risk despair.
To try is to risk failure.

But risks must be taken,
because the greatest hazard in life is to do nothing.

The person who risks nothing,
does nothing, has nothing, and is nothing.

They may avoid suffering and sorrow,
but they cannot learn, feel, change, grow, love, live.

Chained by their attitudes, they are a slave,
they forfeited their freedom.

Only the person who risks can be free

O Anti-Futebol


Apaixonado que sou pelo esporte, tive hoje o desgosto de ir ver o São Paulo jogar no Serra Dourada. Joguei meu dinheiro no lixo. O time perdeu de 2x1 de virada, com um gol num pênalti mais bizarro que já vi um jogador cometer. Mas vamos tocar as cornetas! Perder é do jogo. Foda-se o placar. Mas perder sem correr, sem demonstrar ímpeto algum, gana de ganhar, isso sim é vergonhoso. O time do São Paulo tá jogando com freio-de-mão puxado porquê? Tá achando que é a Seleção jogando contra Zimbábue às vesperas de Copa do Mundo? Acho que tão confundindo as coisas... Eles deviam estar "inspirados" pelo jogo da Seleção que teve mais cedo. Uma merda de jogo, se tivesse como medir, jogador que não corre no mínimo uns 5km por jogo poderia tomar multa bruta no salário. O Cicinho não ia receber um tostão durante o semestre. Sério, eu tava cansado, hoje foi um dia corrido. Mas os jogadores do SPFC pareciam estar carregando uma tonelada de concreto em cada perna! Que preguiça é essa? Isso não é cansaço é PREGUIÇA e falta de vergonha na cara. Segundo tempo ridículo, não acertavam passe de dois metros no meio-campo. E o pênalti da bicha escandalosa foi outra merda... Ele é bizarro mesmo pra se jogar no chão e tentar dar de peito numa bola rasteira! Mereceu perder, mas merecia perder até de um placar maior pra deixar mais evidente o quanto essa partida de futebol foi ridícula. Mas o que me deixa ainda mais puto é chegar em casa com a cabeça fumegando e dar de cara essa reportagem no G1:

Ricardo Gomes elogia atuação do São Paulo e diz: 'Merecíamos vencer':

Mesmo com virada do Goiás, técnico elogia segundo tempo e vê superioridade do rival apenas no fim da primeira etapa

=====================

Será que eu tô cego ou sou um ET? O que se passa na cabeça desses técnicos cabeça-de-bagre que só pensam em se defender? Sei lá... Só sei que jogando assim não há como ter prazer em assistir a uma partida do SPFC. Jogou mal e perdeu, assuma pelo menos! Esse discurso consegue piorar ainda mais as coisas. Mas no São Paulo tudo é lindo e perfeito e saltitante. Pro Ricardo Gomes só desejo uma coisa: que ele pegue o Richarlysson e os Paraíba que ele tanto ama e se mande do Tricolor pra longe, lá pra França de onde ele não deveria nunca ter saído! AQUI É SÃO PAULO, PORRA!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

uma justa homenagem


Seu Madruga: Vila e Obra

Quem é Seu Madruga? Uma pergunta, muitas respostas. Fotógrafo, pedreiro, boxeador, toureiro? Um malandro sem um centavo no bolso que sempre traz no rosto um sorriso franco e espontâneo? Um sujeito mal-humorado e resmungão, mas, no fundo, no fundo, dono de um bondoso coração? Ou tudo isso e muito mais? Ao longo de 14 capítulos que vão sendo "quitados", numa tentativa de ajudar Seu Madruga a pagar os eternos 14 meses de aluguel, você irá se transformar em um profundo conhecedor desta figura impagável que, vai ver por isso, tinha certa dificuldade para pagar as contas.

Este livro presta homenagem a este personagem que, mesmo devedor confesso e trambiqueiro inveterado, conquistou o púbico graças tão somente ao seu carisma. Sua imagem talvez só não seja mais reproduzida em camisas que a de Che Guevara. Um verdadeiro ícone pop! Filósofo de doutrina bem particular, os ensinamentos deste velho lobo do mar estão na ponta da língua de crianças, jovens, adultos e idosos. Quem não concorda que "a vingança nunca é plena; mata a alma e a envenena"? Ainda que nem sempre suas atitudes condigam com seu discurso (sim, ele é humano! Sagradas são as dívidas), Seu Madruga provou morar não só no 72; mas no coração de milhares, milhões de fãs.

Different People

Choices

Para além da Copa do Mundo


Pra quem gosta do esporte em si, os jogos do Brasil no torneio mundial não prometem muita coisa. Dos jogadores que tem mais técnica na seleção, o único que está em boa fase é o Robinho. Dá pra ver que ele está motivado e ele de fato está acertando a maior parte das jogadas. Kaká está em péssima forma, não tem um bom condicionamento físico e por isso está mal tecnicamente e o Luís Fabiano tá apanhando dessa "nova" bola, não consegue dominá-la de jeito nenhum. Do Elano não há o que se esperar além de uma boa cobrança de escanteio. Dos volantes Gilberto Silva e Felipe Melo não há muito o que se falar, são basicamente dois "zagueiros" extras ocupando a intermediária da defesa do Brasil. Os laterais, Maicon e Michel Bastos pouco sobem e quando o fazem tomam bola nas costas no contra-ataque porque os "gênios" Gilberto Silva e Felipe Melo não fazem a cobertura e quando fazem perdem na velocidade para os atacantes adversários. E os zagueiros, seja a dupla Lúcio e Juan ou Lúcio e Thiago Silva, assim como o goleiro, compõem o setor mais forte da seleção brasileira que é a defesa.

Assim, percebe-se que o Brasil joga com esses seis jogadores mais plantados na defesa (Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Felipe Melo, Maicon e Michel Bastos).
Isso sem contar o goleiro Júlio César. Além disso, o Elano também recompõe ali atrás quando o Maicon sobe, mas sem muita qualidade. Ou seja, mais da metade do time tem vocação estritamente defensiva. Quando está com a posse de bola e o outro time está bem posicionado na defesa, o time do Brasil é lento e cria pouco porque o Kaká joga sozinho no meio e marcá-lo tem sido fácil, já que ele não vem bem há algum tempo.

Jogando dessa forma, o Brasil vai invariavelmente depender de fazer seus gols ou de bola parada ou no contra-ataque. Um time que tenha a paciência de jogar fechado, chamando o Brasil pro jogo, obrigando os laterais Maicon e Michel a subir pra fazer o cruzamento e depois conseguir imprimir velocidade no contra-ataque para jogar nas costas desses jogadores poderá facilmente ameaçar o time brasileiro, já que a cobertura não é bem feita, e Lúcio e Juan apesar de serem bons jogadores, não tem tanta velocidade de recuperação. Vale lembrar também que, por jogar apenas com dois zagueiros de ofício, não tem nenhum jogador na sobra, pra fazer a cobertura caso o zagueiro seja driblado ou não consiga recompor a defesa a tempo, em um contra-ataque. Gilberto Silva deveria ser incumbido de fazer esse papel, mas pra isso deveria jogar atrás da linha de zagueiros, como se fosse um líbero. Acontece que na seleção ele joga de volante ao lado do Felipe Melo, à frente da linha de zaga. Pelo menos é isso que se vê pelos jogos na televisão, e é o que tem se repetido em situação de jogo: bola cruzada da intermediária nas costas dos laterais brasileiros é sinônimo de perigo pro gol do Júlio César.

Quais seriam as minhas idéias, alguns conselhos que de forma abusada ofereceria pro Dunga? Primeiro, como estratégia, o Brasil precisa forçar o jogo perto da área adversária para poder chutar de fora da área. A bola não é estranha, sobrenatural? Tem que se aproveitar disso! Clareou, chuta pro GOL! Jogador brasileiro não tem o hábito de chutar muito de fora, até porque quer entrar tabelando ou driblando, pra fazer o gol mais bonito. E, outra, é ali perto da área que acontecem as faltas mais perigosas. Se o Elano tem alguma qualidade é justamente pra fazer esse cruzamento na cabeça dos zagueiros.

Outra: Kaká tá mal? Daniel Alves no lugar dele. O Daniel marca melhor, também tem bom passe e consegue preencher os espaços no meio-campo. Há muito pouco a perder com essa substituição. Tem o Ramires no lugar do Elano, pra entrar no segundo tempo e dar mais velocidade no meio... E só! Quer dizer, não tem muitas outras opções além disso aí não... Talvez o Nilmar no lugar o Luis Fabiano, mas são características diferentes.


Enfim, dá pra perceber que o treinador tem alternativas mas que está tudo aparentemente muito "engessado" nessa seleção. Mas é uma filosofia de trabalho. A seu favor, o Dunga pode argumentar que todos estão "muito longe do ambiente" para julgar o que deve ser mais adequado agora para o time. Mas o que o torcedor está vendo em campo é nitidamente o reflexo da forma como o time é administrado. Falta criatividade e alguma ousadia nessa seleção. É importante frisar que independentemente de qualquer preparação ou dos títulos que já foram conquistados, o jogo acontece DENTRO DE CAMPO. E o que nós vemos é um resumo do que foi dito aqui: um time que tem qualidade, mas que joga de forma pragmática, demasiadamente burocrática, joga pra "ser guerreiro" e manter um certo status, sem arriscar nada. Joga-se apenas pelo resultado e, não havendo risco, não há emoção de verdade. Emoção que, diga-se de passagem, é o mais precioso e por isso deve ser encarado como mais importante produto do futebol.

No fim das contas, por mais que a gente discuta aspectos que envolvam o "esporte" futebol, parece que é nisso que ele está se transformando: um grande tapete verde, que serve de balcão de negócios, no qual se investe quantidades imensas de capital e que serve de vitrine para realização de mega-negócios para poucas e gigantes corporações. Há muito interesse comercial envolvido, o que diminui demais o espaço para que ocorra uma competição esportiva mais genuína, emocionante e, porque não dizer, legítima. Isso também interessa aos governos que, não se enganem, tiram proveito dessa "folga", sobretudo aqueles que estão em ano eleitoral. O mais curioso é que a gente vê tudo isso e bate palma e pendura bandeirinha na janela. Eu, inclusive. É algo cultural e, sendo assim, improvável que mude no curto ou médio prazos. Fato é que, ganhando ou perdendo a Copa, o Brasil, como nação, ainda tem ainda muito, muito a aprender. Também não podemos perder o foco e, assim, nos esquecer que remontamos a verdadeira origem do que existe de mais belo no futebol.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Perspective

Mais da série: como tirar alguém do sério


HOW TO TICK PEOPLE OFF

1. Leave the copy machine set to reduce 200%, extra dark, 17 inch paper, 99 copies.
2. In the memo field of all your checks, write "for sexual favors."
3. Specify that your drive-through order is "TO-GO."
4. If you have a glass eye, tap on it occasionally with your pen while talking to others.
5. Stomp on little plastic ketchup packets.
6. Insist on keeping your car windshield wipers running in all weather conditions "to keep them tuned up."
7. Reply to everything someone says with "that's what you think."
8. Practice making fax and modem noises.
9. Highlight irrelevant information in scientific papers and "cc" them to your boss.
10. Make beeping noises when a large person backs up.
11. Finish all your sentences with the words "in accordance with prophesy."
12. Signal that a conversation is over by clamping your hands over your ears and grimacing.
13. Disassemble your pen and "accidentally" flip the ink cartridge across the room.
14. Holler random numbers while someone is counting.
15. Adjust the tint on your TV so that all the people are green, and insist to others that you "like it that way."
16. Staple pages in the middle of the page.
17. Publicly investigate just how slowly you can make a croaking noise.
18. Honk and wave to strangers.
19. Decline to be seated at a restaurant, and simply eat their complimentary mints at the cash register.
20. TYPE IN UPPERCASE.
21. type only in lowercase.
22. dont use any punctuation either
23. Buy a large quantity of orange traffic cones and reroute whole streets.
24. Repeat the following conversation a dozen times.
"DO YOU HEAR THAT?"
"What?"
"Never mind, it's gone now."
25. As much as possible, skip rather than walk.
26. Try playing the William Tell Overture by tapping on the bottom of your chin. When nearly done, announce "No, wait, I messed it up," and repeat.
27. Ask people what gender they are.
28. While making presentations, occasionally bob your head like a parakeet.
29. Sit in your front yard pointing a hair dryer at passing cars to see if they slow down.
30. Sing along at the opera.
31. Go to a poetry recital and ask why each poem doesn't rhyme.
32. Ask your co-workers mysterious questions and then scribble their answers in a notebook. Mutter something about "psychological profiles."


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